Alan Gandelman

O ano em que o Uber sumiu

Estamos chegando ao fim de 2021. O ano em que a economia voltou a funcionar, a pandemia parecia estar controlada (parecia, pois a ômicron vem causando estragos pelo mundo), a inflação descontrolada, a taxa de juros nas alturas e o dólar voando, assim como o petróleo.

E cá está… Estamos chegando ao fim de 2021. O ano em que a economia voltou a funcionar, a pandemia parecia estar controlada (parecia, pois a ômicron vem causando
estragos pelo mundo), a inflação descontrolada, a taxa de juros nas alturas e o dólar voando, assim como o petróleo. Bolsa Brasileira entre os piores desempenhos globais, 13 milhões de desempregados e  a incerteza de como será o amanhã (na musica de Simone, ‘a cigana lê o meu destino…).

Não precisamos esperar a leitura da cigana para saber que 2022, ano eleitoral, será de extrema volatilidade nos mercados, não só os locais, como os globais. A pandemia parece não desistir e voltou a atingir em cheio a Europa e os Estados Unidos, o fim do tapering e um início de um ciclo de aumento de juros parece inevitável, e o petróleo deve seguir subindo, de acordo com relatórios recentes – como o do banco de investimentos Goldman Sachs, que vê o petróleo chegando à casa dos US$ 100 num futuro próximo.

No Brasil, há eleições presidenciais, ou seja, nada de significativo vai andar no Congresso. Reformas como a tributaria e administrativa não vão sair e muito provavelmente teremos mais uma vez eleições polarizadas em que uma terceira via não conseguira despontar…

Juros seguirão subindo ao balanço da inflação e já em fevereiro voltaremos a ter dois dígitos na taxa Selic, com algumas previsões de juros a níveis de 12% ao fim de
2022, ou seja, saindo de 2% ao ano para cerca de 1% ao mês em velocidade Mach 20 (a 21.000 km/h)…

Como será o amanhã? Responda quem puder, mas sabemos de certa forma o que nos reserva em 2022, finalizando este ano de 2021 que basicamente aconteceu de tudo e um pouco mais, tão atípico, sui generis, difícil de se repetir. O ano em que a gasolina, por força da alta dos preços do petróleo e do dólar frente ao real, aumentou em 60% nas bombas… O ano que o Uber sumiu.

Nota

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Alan Gandelman
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