2T22 da Cogna (COGN3): empresa está “no caminho certo”, mas ações não devem subir, dizem analistas

O balanço da Cogna (COGN3) no 2T22 foi recebido de forma mista pelo mercado. A XP, apesar de ver sinais positivos, segue com uma postura cautelosa sobre a companhia e mantém recomendação neutra com preço alvo de R$ 3,1 por ação. A Genial Investimentos considerou os resultados positivos e no caminho certo, mas segue com a projeção do mesmo preço-alvo de R$ 2,90.

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A Genial esperava que a Cogna apresentasse bons resultados, e os números vieram maiores que os estimados. O Ebitda esperado pela casa de análises era de R$ 321 milhões, mas o resultado veio em R$ 355 milhões, 3,5% acima do esperado. “Nem tudo são flores, a companhia gerou um prejuízo ajustado de -R$ 37 milhões em função da escalada na taxa básica de juros”, pontuou a Genial.

Cogna: retomada de crescimento em 2023

A receita líquida da Cogna veio um pouco abaixo do consenso pelo mercado (R$ 1,166 bilhão), ao reportar R$ 1,155 bilhão no trimestre. Apesar dessa baixa, a companhia tem pontos positivos: desacelerou a queda da receita neste trimestre, com retração de -3,4% ante -10,9% no 2T21. A Genial acredita que os resultados da Cogna no 2T22 vão ajudar na projeção de retomada de crescimento da receita em 2023.

O Ebitda foi mesmo o grande destaque do trimestre da Cogna. De abril a junho a companhia reportou Ebitda ajustado de R$ 355 milhões, 11,4% maior na comparação anual e 11,5% menor entre trimestres. O resultado veio, principalmente, com a rentabilidade de Kroton e Vasta.

O endividamento da Cogna

O prejuízo líquido ajustado da Cogna foi de R$ 259 milhões, que “limpou” o resultado operacional. A empresa destacou que está empenhada em diminuir os encargos financeiros via pagamento de dividas ou pela redução do custo médio da dívida.

“Do lado negativo, a Cogna ainda carrega uma grande carga de endividamento, o que acaba corroendo totalmente os resultados operacionais. Independentemente dos sinais positivos, mantemos uma visão cautelosa em relação à ação dada a alta incerteza que atribuímos à lucratividade futura”, destacou a XP.

A ação da empresa nesta sexta (12) sobe 4,21%, cotada a R$ 2,71.

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Isabella Taglapietra

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