A Santander Corretora elevou a recomendação para a Cogna (COGN3) de “neutro” para “compra” com preço-alvo de R$ 2, o que representa um potencial de valorização de 31,6% frente ao fechamento da última sexta-feira (07).
Segundo os analistas, a COGN3 está executando com sucesso sua estratégia focada em geração de caixa, o que está se traduzindo em melhores margens, crescimento mais sustentável e desalavancagem. Com isso, a casa já vislumbra a possibilidade de dividendos da Cogna.
“A empresa está devolvendo caixa aos acionistas por meio de seu programa de recompra e potencialmente começará a distribuir dividendos, em nossa opinião”, diz o relatório.
Dessa forma, a casa entende que a companhia será capaz de alcançar seu guidance de Ebitda e de fluxo de caixa operacional menos capex em 2024.
Além disso, os analistas enxergam um forte momento de lucros para as próximas temporadas de resultados da Cogna, além de um valuation atrativo para as ações COGN3.
O Santander, contudo, destaca que os principais riscos da tese estão relacionados a um ambiente regulatório potencialmente novo para o segmento de ensino à distância, no qual a Cogna é a segunda maior empresa.
Vale lembrar que, no final de janeiro, o Itaú BBA rebaixou sua recomendação para as ações da Cogna de outperfom (compra) para market perform (neutra), e cortou o preço-alvo de R$ 3 para R$ 1,50.
Segundo a casa, a decisão reflete desafios macroeconômicos e setoriais que pressionam os ganhos de curto prazo da empresa, apesar de uma execução operacional sólida nos últimos trimestres.
A divisão de ensino superior, Kroton, é apontada como o principal motor de crescimento da receita da Cogna em 2025, impulsionada por reajustes de preços para alunos avançados e volumes saudáveis no segmento presencial. No entanto, a modalidade de ensino à distância enfrenta tendências de captação mais fracas, segundo o relatório.
A Vasta, por sua vez, deve registrar crescimento de receita devido ao aumento do valor anual contratado (ACV), especialmente no segmento B2G (business-to-government).
Em contrapartida, diz o BBA, a divisão Saber enfrenta desafios com a sazonalidade do programa PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), o que pode limitar o desempenho no período.
No total, a casa projeta uma receita líquida consolidada de R$ 6,59 bilhões para a Cogna em 2025.
Por volta das 16h30 desta segunda-feira (10), a Cogna disparava 7,89%, com as ações COGN3 cotadas a R$ 1,64.