A Cogna (COGN3) grupo educacional dono da Vasta e da Kroton, fechou o segundo trimestre de 2022 (2T22) com prejuízo líquido de R$ 101 milhões. A companhia, assim, amplia em 148% o prejuízo de R$ 40,6 milhões visto em igual período do ano anterior. O resultado foi divulgado ao fim desta quinta-feira (11).
O consenso Bloomberg projetava prejuízo de R$ 76 milhões para a Cogna no 2T22.
Já no prejuízo ajustado, a companhia fechou o trimestre com R$ 36,5 milhões, ante R$ 28 milhões de lucro vistos em igual etapa do ano anterior.
O Ebitda da companhia foi de R$ 350 milhões no 2T22, ante R$ 282 milhões anotados em igual etapa de 2021, representando uma alta de 23,7%.
O Ebitda recorrente, por sua vez, subiu 11,4%, de R$ 318 para R$ 355 milhões no comparativo anual.
Em termos de receita líquida, foram R$ 1,155 bilhão no segundo trimestre deste ano, ao passo que no segundo trimestre de 2021 foram R$ 1,152 bilhão. No comparativo, foi registrada alta de 0,2%.
A margem líquida da companhia foi de -8,7% no segundo trimestre de 2022 ante -3,5% anotados no segundo trimestre de 2021.
Já a margem Ebitda foi de 30,3% no segundo trimestre deste ano, ao passo que foi de 24,5% em igual período do ano anterior.
O que era esperado do balanço da Cogna?
O consenso Bloomberg projetava receita de R$ 1,154 bilhão, em linha com o reportado. Já a projeção do Ebitda era de R$ 290 milhões, abaixo do que a companhia demonstrou no trimestre.
A margem Ebitda projetada era de 25,1%, também abaixo do que foi reportado pela companhia de educação.
A XP Investimentos calculava prejuízo ajustado de R$ 27 milhões, ao passo que a empresa reportou mais de R$ 36 milhões.
Os analistas projetavam “uma queda da receita na comparação anual”, citando:
- Taxas de evasão e graduação da Kroton, parcialmente compensadas por uma leve recuperação nos tickets médios
- Vendadas escolas da Saber
“No comparativo trimestral, a sazonalidade tanto na receita da Vasta quanto no PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) também deve causar queda na receita. Eperamos que a margem EBITDA ajustada aumente em uma base anual, à medida que a empresa colhe os frutos de seu processo de reestruturação”, disse a XP sobre a Cogna no 2T22.
“Por fim, esperamos um prejuízo líquido ajustado de R$27M dada a alta alavancagem da empresa, mas destacamos que a mesma está focando em diversas frentes para reduzir o seu endividamento e o custo da dívida”, diz a XP sobre a Cogna.