No último pregão, o Ibovespa, fechou o acumulado da semana em alta de 3,27%, aos 119.081 pontos, em consonância com os mercados internacionais. Nesse contexto de quase 120 mil pontos, o destaque da semana foi a Cogna (COGN3).
As ações da Cogna tiveram alta de 27% no acumulado da semana, com grande influência do resultado financeiro da companhia e após baixas sucessivas nos papéis ordinários da educacional.
A empresa teve destaque e puxou cotações de outras concorrentes do setor, fechou a semana com a divulgação do seu balanço, sendo a maior alta da bolsa de valores nos cinco últimos pregões.
Abaixo, confira os destaques positivos da semana no Ibovespa:
- Cogna (COGN3): +27,19%
- Grupo Soma (SOMA3): +20,27%
- Yduqs (YDUQ3): +19,35%
- CVC (CVCB3): +18,88%
- Cyrela (CYRE3): +17,04%
Cogna lidera altas com balanço
A Cogna foi o destaque da semana após lucro líquido de R$ 65,016 milhões no 4T21, revertendo o prejuízo de R$ 4,019 bilhões no mesmo período do ano anterior.
No critério ajustado, a Cogna teve prejuízo de R$ 74,945 milhões, redução de 87,3% frente a um ano antes.
No acumulado do ano, a Cogna teve prejuízo líquido de R$ 489,124 milhões, 91,6% menor que a perda de R$ 5,805 bilhões em 2020
O Ebitda da Conga (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 578,162 milhões no período, ante Ebitda negativo de R$ 3,767 bilhões na comparação anual.
Grande parte dos ganhos foram impulsionados pela receita da Vasta, que avançou 16% na comparação anual, para R$ 398 milhões. Enquanto isso, o desempenho da Kroton foi considerado decepcionante novamente, com queda de 12% na receita em um ano, para R$ 846 milhões.
Segundo o Goldman Sachs, esse efeito das receitas da Cogna está relacionado com a mudança de sazonalidade, que provavelmente será compensada nos trimestres subsequentes.
A XP também destaca as operações da Vasta como a mais relevante para o 4T21 da Cogna, já indicando um possível aumento anual de 32% nas receitas do 1T22.
Por outro lado, a corretora apontou recuperação na margem Ebitda ajustada da Cogna, que ficou em 27,3%, após o processo de reestruturação da Cogna. “É uma boa notícia e, a nosso ver, mostra um cenário mais construtivo para a empresa daqui para frente”, diz o relatório.
O Goldman Sachs e a XP Investimentos mantêm uma recomendação neutra para as ações da Cogna, com preços alvos de R$ 2,80 e 5,10, respectivamente.
De acordo com o consenso de mercado Refinitiv, a Cogna tem 14 recomendações por casas de análise, sendo 10 delas de manter as ações em carteira e outras 4 para a venda dos papéis. A mediana de preços alvos dessas recomendações é de R$ 2,75.
Soma sobe com BC e balanço
A companhia liderou a toada de alta de varejistas após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizar que o fim do aperto monetário poderá ocorrer em maio. A perspectiva de que o ciclo de alta da Selic está próximo ao fim, o que melhora perspectivas para as empresas do setor.
Além disso, no seu resultado financeiro, divulgado no fim da semana anterior, a empresa reportou lucro líquido de R$ 47,4 milhões no quarto trimestre de 2021, salto de 18,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
Yduqs sobe com recompra e alta de educacionais
Conforme citado, a alta da Cogna puxou diversas educacionais da bolsa, e os papéis da Yduqs subiram 19% a R$ 20,97 com o contexto.
Além disso, na segunda (21), a empresa anunciou um programa de recompra de ações, que prevê a aquisição de até 20,5 milhões ações ordinárias.
O prazo máximo para liquidação das aquisições pela Yduqs é de 18 meses, com início no dia 21 de março de 2022, e encerramento em 21 de setembro de 2023.
CVC segue tendência de alta
A companhia, que já foi destaque positivo na semana anterior, segue a mesma tendência após a melhora vista no seu resultado financeiro do 4T21.
Segundo o CEO da CVC, Leonel Andrade, contou ao Suno Notícias, a empresa se encontra em seu melhor momento desde o início da pandemia, em março de 2020. O executivo destaca que todos os setores da empresa apresentam melhorias: governança, controle dos negócios, gestão de pessoas, relação com investidores e acionistas. “O que vimos no 4T21 foi o reflexo dessa evolução nos números”, disse.
O balanço da CVC apontou um prejuízo líquido de R$ 145,8 milhões no quarto trimestre, revertendo lucro de R$ 392,5 milhões do quarto trimestre do ano passado.
Cyrela
Da mesma forma que a CVC, a Cyrela segue a tendência de alta após seu balanço.
A empresa reportou um lucro líquido de R$ 218 milhões no balanço do 4T21, desempenho 16,7% menor em relação ao do mesmo intervalo de 2020, de R$ 261 milhões.
Segundo analistas o Itaú BBA, o balanço da construtora foi “levemente positivo”, apresentando resultados bons e em linha de lucros e perdas.
“A margem bruta ajustada contraiu trimestralmente, provavelmente devido à pressão de custos, mas ainda ficou em níveis bastante saudáveis”, disse o banco de investimento.
Assim, a companhia é a quinta maior alta da semana do Ibovespa, liderado pela Cogna.
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