Cogna (CONG3) planeja comprar faculdades de medicina no segundo semestre
A Cogna (CONG3) tem como planejamento estratégico comprar faculdades de medicina e plataformas de tecnologia a partir do segundo semestre deste ano. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o CEO da companhia, Rodrigo Galindo, disse que já iniciaram conversas com potenciais ativos.
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“Hoje, já temos espaço em balanço para fazer potencialmente uma aquisição de medicina ou plataforma de tecnologia. Então, a gente já está no jogo”, disse o CEO da Cogna ao veículo.
Esses planejamentos fazem parte de uma reestruturação da empresa para alavancar os seus ativos. A Cogna observou seu negócio de faculdades — que equivale a 60% da receita da companhia — reduzir nos últimos dois anos.
Com a pandemia, a companhia de educação se viu em um cenário pior pois fechou 25% de seus campi presenciais e perdeu a liderança do ensino superior presencial para a sua concorrente Yduqs (YDUQ3).
Com isso, a Cogna tem o objetivo agora de atuar em diversos segmentos da educação, como a medicina. Galindo garante que a companhia só irá investir em ativos que trazem valor à empresa.
“Não acho que vamos entrar num cenário indisciplinado de aquisições e, se isso, acontecer é uma opcionalidade comprar. Somos muito disciplinados, só vamos fazer as transações que gerarem valor à companhia. Então, não acho que comprar agora ou mais para o fim do ano vai mudar sensivelmente esse cenário”.
Cogna tem lucro ajustado de R$ 6,4 milhões, queda de 86% no ano
A Cogna registrou no primeiro trimestre de 2021 um lucro líquido ajustado de R$ 6,49 milhões, número 86,1% menor do que os R$ 46,8 milhões registrados no mesmo período de 2020. Considerando efeitos não recorrentes, como os gastos com reestruturações de subsidiárias, a Cogna teria registrado um prejuízo de R$ 90,9 milhões, crescendo 132,5% na base anual.
A companhia de educação continua a sentir os impactos da pandemia da Covid-19 e da crise econômica – a receita líquida caiu 22% na base anual, para R$ 1,2 bilhão.
“As dificuldades relacionadas à pandemia ainda persistem, e isto ofuscou parte dos nossos esforços. A captação do ensino presencial continuou bastante pressionada”, diz a Cogna em seu balanço, publicado no início deste mês.