A Cogna (COGN3), um dos principais grupos educacionais brasileiros, enfrenta desafios pós-plano de recuperação, mas inicia o ano com otimismo, segundo análise da XP Investimentos. Essa perspectiva impulsionou as ações da empresa, que subiram mais de 7% durante o pregão desta terça-feira (27), alcançando R$ 2,55 por ação.
O processo de captação da Kroton, subsidiária da Cogna, está em andamento e espera-se volumes positivos tanto para o ensino presencial quanto para o digital no primeiro semestre de 2024. Mesmo após a execução do plano de recuperação, o diretor financeiro Frederico Villa revelou ao banco de investimentos que enxerga oportunidades para melhorar a lucratividade e a eficiência na conversão de caixa, aproveitando a utilização abaixo do ideal.
Villa disse que a renegociação de aluguéis e a redução de capacidade são algumas estratégias para reduzir despesas. Quanto aos tíquetes, prevê-se um aumento de preços acima da inflação para alunos veteranos, compensando o impacto nos tíquetes dos calouros por meio de melhorias no mix de serviços.
A gestão de passivos continua sendo a principal prioridade, com a consideração de retorno de capital aos acionistas quando a empresa se sentir confortável com sua alavancagem e dívida. Villa também descartou a possibilidade de novas aquisições.
As projeções da XP Investimentos para a Cogna incluem uma estimativa de receita líquida de R$ 5,9 bilhões em 2023 e R$ 6,37 bilhões em 2024. A recomendação da XP para as ações da Cogna é neutra, com um preço-alvo de R$ 3,90 por ação, apresentando um potencial de alta de 64% em relação ao fechamento do pregão anterior.
BlackRock passa a deter 10% de ações ordinárias da Cogna (COGN3)
A Cogna (COGN3) anunciou em janeiro que a BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, passou a deter 188,006 milhões de ações ordinárias da companhia, o que representa 10,018% do total de ações de mesma classe.
Em comunicado enviado ao mercado, a empresa de educação explicou que o objetivo da Blackrock, ao atingir esse percentual de ações na Cogna, é estritamente investimento, não tendo como objetivo a alteração do controle acionário.