Mudança de CEO da Cogna (COGN3) é o ‘fim de uma era’, diz BTG Pactual

Cogna (COGN3) emitiu, na noite da última quinta-feira (10), três comunicados ao mercado sobre a operação da companhia — entre elas, uma grande mudança na diretoria. O BTG Pactual (BPAC11) vê a atualização como o “fim de uma era”, mas a nomeação do sucessor envia, segundo o banco, uma mensagem de continuidade aos acionistas.

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Rodrigo Calvo Galindo, antes diretor-presidente da Cogna, foi eleito para o cargo de presidente do conselho de administração e Nicolau Ferreira Chacur conduzido ao cargo de vice presidente. Galindo sairá da posição e, em substituição, assumirá Roberto Afonso Valério Neto, que já era visto positivamente pelos acionistas, de acordo com o BTG.

Rodrigo Menezes Cavalcanti, Leonardo Gomes de Queiroz e Rangel Garcia Barbosa assumem como diretores estatuários da companhia, respectivamente exercendo os cargos de vice presidente de experiência do aluno, vice presidente de crescimento e vice presidente de produtos.

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Um programa de recompra de ações também foi anunciado ontem, assim como os resultados da subsidiária Vasta.

O banco de investimentos reitera a classificação neutra, com preço alvo em R$ 2,60, apesar das mudanças realizadas, em razão do cenário desafiador do segmento de graduação, “dada a alavancagem operacional negativa de campi da Kroton, enquanto a alta alavancagem financeira da Cogna deve continuar a impedir FCFE positivo no curto prazo“, aponta o relatório.

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Já o BB Investimentos vê positivamente os anúncios, pelos seguintes motivos:

  • A administração atual está alinhada à estratégia e às mudanças nos negócios da Cogna ao longo dos últimos anos, já que Roberto Valério está na empresa desde 2014 e liderou o relevante processo de reestruturação recente da Kroton;
  • Os diretores atuais entendem a subvalorização na precificação das ações e, assumindo planos individuais de investimento, se comprometem com o trabalho que vem sendo realizado e acreditam em perspectivas favoráveis para o futuro da empresa.

Apesar da perspectiva de potencial de valorização, a classificação do BB ainda é neutra, com preço alvo em R$ 4,50, também acreditando que o cenário macroeconômico do país nos próximos meses pode afetar diretamente o segmento de Cogna. “Entendemos que grande parte desse upside pode ocorrer ao longo do segundo semestre deste ano, a depender do desenrolar do quadro econômico e político, quando o mercado começará a precificar o cenário esperado para 2023”, afirma o banco, em relatório.

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Cotação de Cogna nesta sexta-feira (11)

As ações de Cogna fecharam em queda de 3,72%, a R$ 2,33. Nos últimos 12 meses, acumulou baixa de 42,55%.

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Victória Anhesini

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