O setor industrial teve um recuo de 6,3% em seu faturamento durante o mês de março, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Além disso a CNI ainda apontou que o indicativo da atividade do setor seguiu o mesmo ritmo do faturamento, registrando uma queda de 1,5%. Ambos os índices foram comparados com mês anterior, após reajuste sazonal.
Conforme avaliou a confederação, os dados apurados “mostram que o setor enfrenta dificuldades para se recuperar da crise”. A entidade ainda completou dizendo que “desde a greve dos caminhoneiros, o setor não consegue engrenar uma sequência de bons resultados”.
A CNI ainda informou que o nível de uso do parque fabril, que é a utilização da capacidade instalada da empresa, recuou 0,9% em março quando comparado a fevereiro, chegando a 76,5%. No entanto, o resultado obtido é o menor desde maio de 2018, época em que ocorreu a paralisação dos caminhoneiros.
Em contrapartida, o emprego industrial registrou estabilidade durante o mês. De acordo com a entidade, “com o resultado de março, é a sétima vez nos últimos 12 meses que o emprego não se altera na comparação mensal. O emprego encontra-se apenas 0,1% acima do registrado em março de 2018”.
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Acumulado do 1º tri
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, as horas trabalhadas na produção tiveram uma alta de 0,2%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, o faturamento da indústria recuou -5,1%, enquanto o indicador de emprego seguia estável.
“Três problemas impedem a recuperação da indústrias. Um é a falta de demanda. O outro é o excesso de estoques, que elevam os custos das empresas, e, finalmente há a questão financeira. As empresas continuam com a situação financeira debilitada, o que adia as decisões sobre a produção e o emprego”, afirmou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.