CNI diminui de 3% para 1,1% expectativa para alta da indústria neste ano

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) diminuiu as expectativas de crescimento da economia e da indústria neste ano.  Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11).

Segundo a CNI, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019 caiu para 2%, em comparação com os 2,7% previstos em dezembro de 2018. Já a estimativa do PIB Industrial saiu de 3% para 1,1%.

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“O ritmo da atividade no início do ano foi bem mais fraco do que se esperava. O desemprego permanece alto, as famílias ainda não retomaram o consumo e as empresas enfrentam muitas dificuldades”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, em comentário no boletim.

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“Além disso, há um certo sentimento de que as medidas, principalmente no campo das reformas estruturais, como a da Previdência, vão demorar um pouco mais para se materializarem e será necessário um prazo maior para que os benefícios das mudanças se espalhem pela economia”, completou o especialista.

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Seguindo a tendência, a previsão do aumento do consumo das famílias previsto para 2019 caiu de 2,9% para 2,2%. A estimativa para a taxa de desemprego subiu de 11,4% para 12%. O cenário de crescimento dos investimentos saiu de 6,5% pra 4,9%. “Sem a retomada do investimento, o crescimento fica comprometido”, avalia a CNI.

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Apesar disso, a entidade diz que os indicadores macroeconômicos são positivos. As previsões para a conta do governo melhoraram. Além disso, o déficit primário calculado para este ano CNI saiu de 1,57% do PIB em dezembro para 1,39% do PIB agora.

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“A inflação mantém-se estável e sem pressões significativas, com expectativas apontando para uma taxa anual abaixo da meta, e as contas externas seguem favoráveis, a despeito do acirramento dos contenciosos no ambiente internacional”, diz a CNI.

Renan Dantas

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