Com uma alta de 1,8% em comparação com o mês anteior, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu em dezembro e atingiu 64,3 pontos. É o maior nível alcançado para o mês desde 2010, de acordo com a entidade.
A divulgação da confederação, que varia numa escala de zero a 100, é composta pelos índices de Condições Atuais e de Expectativas. “Importante destacar que a confiança elevada está baseada não apenas nas expectativas para os próximos seis meses, mas também no sentimento de melhora da situação corrente”, disse Marcelo Azevedo, economista da CNI, em comentário enviado à imprensa.
Além de estar 9,6 ponto acima da média histórica, o Icei de dezembro é 0,5 maior sobre o registrado em dezembro do ano passado. “Em dezembro de 2018, o componente das expectativas, influenciadas pela eleição de um novo governo, exercia maior influência, enquanto a percepção de melhora da situação econômica era menor e menos disseminada entre os empresários”, salienta o economista.
O Índice de Condições Atuais, com 58,1 pontos, é o maior desde junho de 2010, quando reportou 60,5 pontos. A melhora atual é constatada tanto em relação à própria companhia (índice de 57,6 pontos) quanto em relação à economia brasileira (índice de 59,2 pontos).
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“Chama a atenção o posicionamento do índice de Condições Atuais, significativamente acima da linha divisória de 50 pontos, que reflete o sentimento de uma melhora da situação econômica atual bem disseminada entre os industriais”, relata Azevedo.
Já a confiança de empresários de todos os portes industriais foi elevada na comparação com novembro de 2019, com notoriedade às empresas de grande porte (aumento de 2,8 pontos na comparação mensal).
Já na comparação com dezembro do ano passado, o índice de confiança das empresas de pequeno porte apresenta uma queda de 0,9 ponto, enquanto para as companhias de médio e grande porte as variações registradas são de 0,1 ponto e 1,5 pontos, respectivamente.
O aumento da confiança foi enxergado em toda a indústria, mantendo os índices em um nível superior a 60 pontos. A indústria de transformação foi a responsável pela maior alta, de 2 pontos na comparação com o mês passado. Na comparação com dezembro de 2018, o único segmento que reportou uma queda na confiança, segundo a CNI, é o da indústria extrativa.