CNI: novos acordos comerciais poderiam ser vantajosos ao Brasil
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um levantamento inédito que revela quais produtos poderiam se beneficiar se o Brasil fizesse novos acordos comerciais.
De acordo com a CNI, grupo de setores como alimentos, químicos, veículos automotores, madeira, couro e calçados podem ser favorecidos com acordos comerciais em outras regiões, como a África do Sul e países da América Central.
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Para o levantamento, a CNI comparou dados de sete estudos que tratam das oportunidades para as exportações brasileiras, com as tarifas cobradas sob produtos brasileiros que poderiam ser zeradas ou reduzidas em acordos comerciais.
O gerente executivo de Assuntos Internacionais da CNI, Diego Bonomo, disse que é necessário fazer novos acordos com outras países. “Não é que deve haver uma reorientação das atuações negociações, mas é preciso abrir novas negociações de acordos comerciais, porque o estudo mostra que temos mais oportunidades com países com os quais ainda não estamos negociando”, explica Bonomo.
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No caso dos Estados Unidos, por exemplo, de 134 grupos de produtos brasileiros exportados para o país, 70 possuem altas tarifas de importação, como:
- fumo, com 77,8% de impostos,
- veículos, com 25%
- carne bovina, com 10,9%
- partes de calçados, com 9,%
- polietileno, com 6,5%;
Bonomo argumenta que os acordos comerciais podem estimular a competição entre si pelo acesso ao mercado brasileiro. “Você não cria nenhum estímulo para o europeu fechar uma negociação, por exemplo, se ele não se sente ameaçado por outro país, como os EUA e o Japão, que também poderiam estar negociando com o Brasil. É o que as grandes potências fazem, elas estabelecem essa dinâmica de negociar vários acordos ao mesmo tempo”, diz.
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Além disso, o diretor da CNI argumenta que o Brasil deve expandir o acordo comercial para toda a América. “Praticamente existe uma área de livre comércio na América do Sul, onde o Brasil tem acordos com praticamente todos os países, mas não há nenhum acordo com a América Central nem com os três da América do Norte (México, EUA e Canadá). É a região onde a indústria brasileira tem mais oportunidades no momento”, declarou.
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