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Bill Clinton: “não desistam do Brasil”

Em evento, o ex-presidente dos EUA alertou para os perigos de se fazer política movido pela raiva e pelo ressentimento e afirmou ter fé no povo brasileiro. As falas foram feitas em palestra na Expert XP 2018, maior evento de investimentos da América Latina.

Embora reconheça os graves casos de corrupção pelos quais o país tem passado, Clinton elogiou a população: “No Brasil, a corrupção é um problema? É, mas vocês têm capacidade para lidar com isso. Há um buraco no teto, não fiquem desesperados com isso, [pensem:] vamos consertar o buraco no teto”, disse ele, que participou do evento junto a outro ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso.

Clinton disse ainda: “o que eu sei é que nenhum lugar do mundo tem uma população com tanta energia, tão diversa e um país com tantos recursos naturais como o Brasil. Não desistam de seu país.”

FHC se posicionou pelo retorno da fé do brasileiro em si mesmo e no seu país, e demonstrou preocupação com a irracionalidade e o ódio que permeiam o discurso político. “Queremos uma ideia comum e a partir dela termos alguma diferença, mas muitas coisas podem nos unir no brasil, inclusive crença de que podemos dar certo”, disse o ex-presidente do Brasil.

Ele também falou sobre a crise institucional pela qual passa a democracia representativa em todo o mundo, e repetiu suas afirmações de outras ocasiões de que é necessário fazer mais do que criticar o sistema, e fazer isso sem ter ideias concretas não leva a nada.

Clinton citou a situação dos EUA e a eleição de Donald Trump, sem falar seu nome diretamente, apontando os efeitos de notícia falsas e mídias sociais na evolução do discurso político no país. “Muitas vezes uma grande mentira se torna maior do que a verdade, enquanto as pessoas não conseguem ver a diferença”, apontou.

O ex-presidente americano também falou sobre a guerra comercial entre os EUA e a China, afirmando que acredita ser uma situação temporária e que não há erro em revisar relações comerciais. Ele também apontou, no entanto, que os EUA não podem se dizer prejudicados no comércio internacional (como faz Trump). “Já nos beneficiamos muito do comércio”, afirmou.

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