Os antigos clientes móveis da Oi (OIBR3) podem ter causado um prejuízo milionário para a base de pré-pagos da Claro e da TIM (TIMS3). É o que aponta um relatório divulgado pela XP Investimentos na quinta (5).
Após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgar a base de dados de novembro de 2022, o time de research da XP analisou essas informações e identificou reduções significativas nas linhas pré-pagas.
A Claro reduziu o número de clientes líquidos desta modalidade em 1,3 milhão, enquanto a desconexão destes usuários na TIM chegou a 3,9 milhões.
Na visão dos analistas Bernardo Guttmann e Marco Nardini, essas desconexões são “provavelmente explicadas pela limpeza de base de clientes Oi Móvel“.
A venda da operação móvel da Oi ocorreu em dezembro de 2020, mas foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Anatel só no ano passado.
Na época, a TIM ficou com a maior parte dos clientes da Oi: 14,5 milhões de linhas. A Claro recebeu 11,7 milhões de chips, e a Vivo (VIVT3) levou 10,5 milhões de clientes para sua base.
Destaques do setor de telefonia
Quando o assunto são clientes pós-pagos, a Claro se saiu melhor e somou 308 mil clientes na base. A Vivo teve adições líquidas de 265 mil linhas neste segmento, enquanto a TIM desconectou 1,5 milhão de usuários.
“A Vivo detém atualmente 38,4% de market share (pré-pago + pós-pago), enquanto a Claro tem 33,6%, e a TIM, 24,8%”, complementaram os analistas.
No caso da banda larga, a Vivo manteve a liderança em termos de crescimento em acessos FTTH, somando 71 mil clientes em novembro. Em seguida, aparece a Oi, com 34 mil clientes. A Claro completa o pódio com 28,4 mil novos usuários, o que mostra uma “aceleração da conversão de negócios legados para FTTH”, de acordo com a XP.
Telefônicas na bolsa
De acordo com o mapeamento do Status Invest, por volta das 11h desta sexta (6), as ações da Oi eram negociadas em alta de 6,25%, ao preço de R$ 0,17. As ações da Vivo estavam em alta de 1,18%, ao preço de R$ 37,86, enquanto os papéis da TIM subiam 0,25%, por R$ 11,82.