Claranet, provedora de cibersegurança, pede registro para IPO

A Claranet, provedora de serviços de computação em nuvem e cibersegurança, protocolou seu pedido de Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nesta sexta-feira (27).

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A oferta da Claranet será primária — quando os recursos vão para o caixa da empresa– e secundária — em que os atuais investidores vendem participações.

De acordo com o prospecto, os acionistas vendedores serão o Claranet Group, RW Brasil Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, Oria Tech, além dos acionistas pessoas físicas José Maurício Cascão e Sydney Victor Breyer.

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Por sua vez, os recursos oriundos da oferta primária serão destinado para:

  • Pagamento de obrigações e despesas gerais corporativas (13%);
  • Aquisição de empresas (84%);
  • Investimento em crescimento orgânico (3%).

O prospecto afirma que final de junho desse ano, as contraprestações da Claranet somavam R$ 10,273 milhões.

Já em relação ao investimento em crescimento orgânico, a companhia destaca que é um dos meios através do qual visa melhorar e aumentar as soluções tecnológicas oferecidas ao seu público-alvo. É realizado por meio de aquisições estratégicas, esforço contínuo para renovação de contratos e proposta de inovação, abertura de novas lojas, a digitalização de outras empresas do grupo econômico e demandas pontuais de infraestrutura.”

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A companhia também comenta sobre os recursos destinados à aquisições e afirma que “as aquisições poderão ser realizadas tanto domesticamente quanto pelo Grupo em escala global, sendo identificado no mercado potenciais alvos nos setores de cibersegurança, nuvem pública e privada, inteligência artificial, dados, devops e plataformas digitas, incluindo experiências complementares para fortalecimento das diferentes unidades de negócio.”

O IPO da Claranet será coordenado pelo Itaú BBA (coordenado líder), BTG Pactual (BPAC11), XP Investimentos e Morgan Stanley.

Raio X da Claranet

A Claranet é uma empresa especializada em soluções tecnológicas em plataformas digitais de nova geração, e acredita ser líder em soluções de computação em nuvem, cibersegurança e dados. Hoje, sua sede fica em Londres.

A companhia foi fundada em 1992, e de acordo com seu prospecto, é pioneira na oferta de plataformas de tecnologia para o mundo corporativo brasileiro.

Dentre seus clientes no Brasil, estão: Embraer (EMBR3), Natura (NTCO3), Banco Inter (BIDI4), Bradesco (BBDC3), Samsung, Globo, iFood e Visa.

No ano passado, o lucro da Claranet somou R$ 9,13 milhões, contra R$ 5,18 em 2019. Já no acumulado desse ano até junho, a Claranet lucrou R$ 3,69 milhões.

Além disso, a receita líquida passou de R$ 59,21 milhões em 2019, para R$ 70,77 milhões em 2020. No primeiro semestre desse ano, o indicador atingiu R$ 82,01 milhões.

Por sua vez, o Ebitda Ajustado da Claranet ao final de 2020 era de R$ 33,72 milhões, contra R$ 22,75 ao final de junho desse ano.

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Laura Moutinho

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