A reforma da Previdência pode gerar uma economia de R$ 500 bilhões em 10 anos, segundo projeções do Citibank.
Os números foram divulgados na última segunda-feira (18) em um encontro com a imprensa. As estimativas do Citibank se aproximam da reforma proposta pelo governo Temer. Porém, fica abaixo do valor esperado pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro. O projeto será enviado ao Congresso nesta quarta-feira (20) por Bolsonaro e prevê uma economia de gastos de R$ 1,1 trilhão.
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“Esperamos a aprovação neste ano e com R$ 500 bilhões de economia, o que seria semelhante à proposta já diluída do governo Temer”, explicou Leonardo Porto, economista-chefe do Citibank no Brasil.
O presidente do Citibank Brasil, Marcelo Marangon, disse estar otimista, porém, cauteloso em relação à reforma. “O ritmo da aprovação das reformas vai definir o otimismo. O estrangeiro se frustrou com o Brasil no passado e agora quer ver as reformas aprovadas”, declarou Marangon.
Em 2016, o Citi vendeu sua operação de varejo no Brasil para o Itaú e hoje opera somente como banco de investimentos. Para as operações de 2019, a instituição espera que a reforma da Previdência seja aprovada este ano, com um corte menor do que o previsto pelo governo. “Ainda há dúvidas sobre pontos do texto”, disse Leonardo Porto.
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Caso a reforma passe, o Citibank espera que 2019 registre um crescimento econômico de 2,2% e termine o ano com o dólar cotado a R$ 3,64. Além disso, o banco prevê uma inflação dentro da meta (4,25%, segundo dados do Banco Central) e uma taxa Selic de 6,5%.
“Cada vez estou mais confiante que estamos no círculo virtuoso que só vai ser revertido se tivermos pressão inflacionária”, declarou Porto. “Que não viria do mercado de trabalho, mas da depreciação da taxa de câmbio”.
Investimentos estrangeiros
Marangon destacou o otimismo de clientes com a economia brasileira. Porém, ressalta a importância das reformas para a concretização das expectativas. “Tudo vai depender do ‘timming’ de execução das reformas. O ritmo de implementação das reformas é que vai fazer com que o otimismo perdure”, afirmou.
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O presidente do Citibank no Brasil reiterou que o investidor estrangeiro só está aguardando a reforma da Previdência para voltar a colocar recursos no Brasil. “Os investidores estrangeiros estão mais céticos. Vão se posicionar após as reformas “, disse.