A Cielo (CIEL3) registrou uma redução do lucro líquido de 17% no terceiro trimestre de 2019. A empresa de pagamentos totalizou um lucro líquido de R$ 358,1 milhões, contra os R$ 431,2 milhões do 2º trimestre de 2019. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (29).
A receita líquida consolidada da Cielo totalizou R$ 2.779,8 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 5,5%, em comparação ao mesmo período de 2018. Entretanto, a empresa salientou um aumento de 0,02% em comparação ao segundo trimestre de 2019.
Segundo a empresa, “o decréscimo das receitas líquidas consolidadas é resultado da redução nas receitas provenientes de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações e nas receitas de aluguel de terminais de captura na Cielo, impactadas pela pressão nos preços médios decorrente do ambiente competitivo e pelo aumento do business de venda de soluções de captura. Essa redução foi parcialmente compensada, na Cielo, pelo crescimento no volume capturado de transações, da base de clientes ativos e das receitas na modalidade de pagamento em 2 dias, bem como pela expansão dos negócios das controladas M4U e pelo da consolidação da controlada Stelo a partir do 4T18″.
Balanço da Cielo em queda
Por sua vez, a receita operacional chegou a R$ 1.395,52 milhões, contra os R$ 1.747,84 realizados no mesmo período do ano passado.
Além disso, os gastos da maior operadora brasileira de crédito e débito aumentaram 15,0%, alcançando R$ 2.357,3 milhões no trimestre.
O EBITA (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) diminuiu de 37,2%, para R$ 724,3 milhões. No terceiro trimestre de 2018 esse número tinha sido de R$ 428,6 milhões.
Por outro lado, o volume das transações aumentou 8,9% em comparação ao mesmo período de 2018 e registrou R$ 164,5 bilhões.
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Segundo a Cielo, no 3T19 o volume financeiro de transações totalizou R$ 171,7 bilhões, representando um aumento de 4,4% ou R$ 7,2 bilhões, em comparação com o 2T19. Além disso, registraram um aumento de 11,6% ou R$ 17,8 bilhões, em comparação aos R$ 153,9 bilhões do 3T18.
Guerra das maquininhas
A guerra das maquininhas consiste na forte movimentação no setor de máquinas de cartão. Essa tensão começou quando a Rede, do Itaú, anunciou a isenção da taxa de antecipação. Assim, as empresas rivais listadas nas bolsas brasileira e americana registraram queda significativa em suas ações.
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Após o anúncio da Rede, outras companhias também deixaram a taxa de antecipação de lado e apostaram em pagamentos instantâneos.
Dessa forma, em meio a tentativa de inovar no setor, a Cielo criou o programa “vendeu, recebeu”. O recurso faz com que o dinheiro caia na conta do comerciante no momento em que a compra é realizada.