A Cielo (CIEL3) registrou uma redução do lucro líquido de 49,7% em 2019 em relação ao ano de 2018, totalizando R$1,580 bilhão. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (27) pela empresa de pagamentos eletrônicos.
Por sua vez a receita líquida da Cielo totalizou R$5,3 bilhões, registrando uma redução de 17,8% em relação à 2018. Por outro lado, os gastos totais (custos e despesas) da empresa desconsiderando os efeitos de equivalência patrimonial, totalizaram R$ 4,11 bilhões, registrando um aumento de 9,7% em relação à 2018.
Segundo a empresa, “a diminuição da receita líquida proveniente de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, bem como na receita de aluguel de equipamentos,devem-se substancialmente à pressão no preço médio decorrente do ambiente competitivo, efeitos parcialmente compensados pelo aumento do volume capturado e pelo crescimento da receita relacionada ao produto pagamento em dois dias”.
Receitas financeiras em queda de 76,6%
O resultado financeiro totalizou R$ 541,4 milhões no ano passado, registrando uma queda de 40,7% em relação à 2018, quando tinha sido alcançado um resultado financeiro de R$ 912,9 milhões.
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Segundo a Cielo, essa redução o ocorreu principalmente por causa da queda das receitas financeiras de 76,6%, para R$ 32,4 milhões em 2019. Uma contração, informou a empresa, “substancialmente relacionada à redução do saldo médio aplicado, devido à utilização do caixa para fomento da operação de aquisição de recebíveis e do produto pagamento em dois dias, bem como pela redução da taxa DI”.
Por sua vez as despesas financeiras aumentaram de 18,6%, alcançando R$ 81,3 milhões em 2019 em relação a 2018. Um aumento relacionado ao “incremento no endividamento médio necessário para levar adiante operações de aquisição de recebíveis e do produto pagamento em dois dias”.
Entretanto, a aquisição de recebíveis, antes do custo de capital próprio e de terceiros, líquida dos tributos, totalizou uma redução de 31,6% em 2019, chegando a cerca de R$ 1 bilhão. Segundo a empresa, “essa redução está substancialmente relacionada à diminuição do spread e da taxa média DI, concomitante ao aumento na concentração de clientes do segmento Grandes Contas e à redução do ajuste pro rata temporis (menor apropriação de receitas performadas em períodos anteriores), parcialmente compensado pelo aumento do volume adquirido”.
EBITDA da Cielo em queda de 50,6%
Com esses resultados, o EBITA (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) registrou uma queda de 50,6% em relação a 2018, chegando a R$1,7 bilhão. Uma tendência de queda que continua, pois no terceiro trimestre de 2019 essa contração tinha sido de 37,2%.
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Por outro lado, em 2019 o volume financeiro de transações da Cielo registrou um aumento de 9%, alcançando R$683,1 bilhões. Um aumento que segue quanto registrado no terceiro trimestre de 2019, quando tinha sido registrado um crescimento de 8,9% no volume das transações financeiras em relação ao mesmo período de 2018.
No setor dos cartões de crédito, o volume financeiro de transações totalizou R$411,6 bilhões em 2019, registrando um crescimento de 13,0% em relação à 2018. No caso dos cartões de débito, o volume financeiro de transações totalizou R$ 271,6 bilhões, aumento de 3,6% em relação à 2018. Além disso, a Cielo capturou 7,1 bilhões de transações em 2019, um aumento de 2,9% em relação à 2018.