Cielo registra queda de 33% com lucro líquido de R$ 431,2 mi no 2ºT19
A Cielo registrou lucro líquido de R$ 431,2 milhões no 2º trimestre de 2019. O valor indica queda de 33,3% ante o mesmo período de 2018, quando foi de R$ 646 milhões. As informações estão no balanço da empresa divulgado nesta terça-feira (23).
A receita operacional da Cielo também apresentou redução de 4,4% em relação ao mesmo período do último ano. No entanto, indicou alta de 0,9% quando comparado ao primeiro trimestre deste ano.
A receita líquida da empresa de serviços financeiros também registrou queda em comparação ao mesmo período do ano passado. A baixa foi de 4,4% com o valor total de R$ 2,8 bilhões de receita.
Além disso, os gastos da maior operadora brasileira de crédito e débito aumentaram 13,3% e somaram R$ 2,3 bilhões neste trimestre. A redução da receita e o aumento dos gastos foram reflexos da “adequação da precificação em face da intensificação do ambiente competitivo”, segundo a companhia.
A margem Ebitda, calculada por meio da divisão do lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, também diminuiu tanto ante o 1º trimestre de 2019, quanto ao 2º trimestre de 2018. O resultado foi de R$ 748,7 milhões, -34,7% em relação ao R$ 1,147 bi do último ano.
Por outro lado, o volume das transações aumentou 8,9% em comparação ao mesmo período de 2018 e registrou R$ 164,5 bilhões.
O receio dos investidores que aguardavam a divulgação do balanço refletiu no mercado. As ações ordinárias da Cielo (CIEL3) registraram queda de 3,57% na Bolsa e encerraram o pregão cotadas em R$ 6,75.
Análise positiva da Cielo
Apesar dos resultados divulgados nesta terça que indicam redução do crescimento em alguns setores, a empresa se mostrou otimista.
Conforme o relatório divulgado pela Cielo, a empresa está “novamente no trilho do crescimento e da manutenção da liderança no setor de meios de pagamento no Brasil e na América Latina”.
Além disso, o otimismo da companhia foi impulsionado pela alta do volume das transações. “Este é o maior crescimento desde o 3T17, com destaque ao desempenho do Varejo que voltou ao campo positivo”, disse a empresa sobre a alta das transações.
Guerra das maquininhas
A guerra das maquininhas consiste na forte movimentação no setor de máquinas de cartão. Essa tensão voltou quando a Rede, do Itaú, anunciou a isenção da taxa de antecipação. Assim, as empresas rivais listadas nas bolsas brasileira e americana registraram queda significativa em suas ações.
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Após o anúncio da Rede, outras companhias também deixaram a taxa de antecipação de lado e apostaram em pagamentos instantâneos.
Dessa forma, em meio a tentativa de inovar no setor, a Cielo criou o programa “vendeu, recebeu”. O recurso faz com que o dinheiro caia na conta do comerciante no momento em que a compra é realizada.