As ações da Cielo (CIEL3) lideram as quedas no Ibovespa, o principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), nesta quarta-feira (29). Próximo das 11h45 (de Brasília), os papéis da companhia operavam em baixa de -3,32%, cotados a R$ 4,95.
A desvalorização das ações ocorre após a Cielo divulgar, na terça-feira (28), os resultados do segundo trimestre de 2020. A empresa registrou prejuízo de R$ 75,2 milhões no período, revertendo o lucro líquido de R$ 166,8 milhões do trimestre anterior.
Agentes do mercado consideraram o resultado abaixo do esperado, dado uma junção de fatores como a crise causada pelo coronavírus (covid-19), que causou grande baixa nas vendas, e o aumento da concorrência no setor.
Segundo analistas, as recomendações acerca da Cielo devem permanecer entre “neutra” ou “venda” graças a essa conjunção de fatores que a empresa vem enfrentando.
Cielo (CIEL3) tem primeiro prejuízo da história
O prejuízo apresentado pela Cielo no segundo trimestre foi o primeiro da história da companhia, que é controlada por Bradesco e Banco do Brasil.
Na apresentação dos resultados, a Cielo destacou que “para os próximos trimestres, se continuarmos a observar melhoria no consumo do Varejo como visto nas últimas semanas pelos indicadores do ICVA, a tendência é que seja refletida na performance da Companhia, porém não de maneira suficiente para compensar as quedas observadas neste primeiro semestre do ano”.
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Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 236 milhões entre abril e junho, uma queda de 69,7% em comparação ao mesmo período em 2019, quando totalizou R$ 778 milhões.
A Margem Ebitda alcançou 9,6%, queda de 18,1 ponto percentual ante o segundo trimestre de 2019, quando marcou 27,8%, e de 10,6 ponto percentual quando comparada ao primeiro trimestre desse ano.
Por sua vez, a receita operacional líquida da companhia de serviços financeiros ficou em R$ 2,451 bilhões no trimestre finalizado em junho, ante R$ 2,801 bilhões anotado na mesma época do ano passado, uma queda de 12,5%.
O documento explicou que “o motivo da redução de receita, tanto para a Cielo, quanto para a Cateno, foram as restrições de circulação e funcionamento dos estabelecimentos, impostas pela resposta à pandemia da covid-19”.
Já o volume financeiro capturado pela empresa atingiu R$ 128 bilhões, sendo assim, 22,2% menor do que o alcançado no mesmo trimestre em 2019, e 19,9% abaixo do registrado entre janeiro e março desse ano.
Segundo o documento, os resultados da Cielo foram reflexo das consequências do isolamento social, que impôs restrições de funcionamento do comércio por todo o país.
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