Cielo dará maior ênfase ao lucro neste ano, diz CEO
O presidente-executivo da Cielo (CIEL3), Paulo Caffarelli, afirmou que a empresa dará maior ênfase ao lucro a partir de 2020. A declaração ocorreu, nesta terça-feira (28), durante a apresentação dos resultados do quarto trimestre de 2019.
De acordo com Caffarelli, a Cielo buscará maior lucratividade neste ano após ter registrado forte redução das margens no ano passado como forma de manter a liderança no mercado de pagamentos.
“Neste ano, com nossa estratégia mais consolidada, vamos buscar mais o resultado”, afirmou o CEO.
Em 2019, o lucro líquido da empesa caiu 49,7%, segundo o balanço divulgado na última segunda-feira (27). Mesmo com a redução, o CEO salientou que a empresa está crescendo mais rápido no pequeno varejo, o que contribuirá para a melhora dos resultados.
O executivo afirmou que o acordo assinado com o Bradesco (BBDC4) e com o Banco do Brasil (BBAS3) também ajudará nos resultados financeiros.
A acordo altera a política de remuneração da Cielo em relação aos recursos obtidos por meio das operações com cartões de crédito e débito. “Tivemos a compreensão dos bancos, que entenderam que a realidade na política de margens no setor mudou”, disse Caffarelli sobre o acordo realizado com as instituições financeiras.
Resultados da Cielo em 2019
A Cielo registrou uma redução do lucro líquido de 49,7% em 2019 em relação ao ano de 2018, totalizando R$1,580 bilhão. Por sua vez, a receita líquida da empresa de pagamentos eletrônicos totalizou R$5,3 bilhões, registrando uma redução de 17,8% em relação à 2018.
Saiba mais: Cielo registra queda de 49,7% do lucro líquido em 2019
Por outro lado, os gastos totais (custos e despesas) da empresa desconsiderando os efeitos de equivalência patrimonial, totalizaram R$ 4,11 bilhões, registrando um aumento de 9,7% em relação à 2018.
Segundo a Cielo: “a diminuição da receita líquida proveniente de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, bem como na receita de aluguel de equipamentos, devem-se substancialmente à pressão no preço médio decorrente do ambiente competitivo, efeitos parcialmente compensados pelo aumento do volume capturado e pelo crescimento da receita relacionada ao produto pagamento em dois dias”.