O Santander (SANB11) elevou o preço-alvo da Cielo (CIEL3) para R$ 7,50 ao final de 2023. Anteriormente, a estimativa feita pelos analistas era um valor de R$ 6 — com a alta, o banco reitera a recomendação de compra.
No fechamento do pregão desta sexta-feira (25), o valor do papel era negociado a R$ 4,78. Segundo os analistas do Santander, a Cielo conta com vantagens competitivas em relação a outros players, como Stone (STOC31) e PagSeguro (PAGS34).
Entre as vantagens, está o menor custo de fontes de financiamento. “Isso se mostrou crucial em um ambiente de alta da Selic, porque os adquirentes de bancos conseguiram repassar custos da taxa de juros mais altos, sem churn considerável”, pontua o relatório.
Ano também trará desafios à maquininha
Apesar do otimismo, o próximo ano também trará desafios que podem afetar o preço-alvo da Cielo. Entre apontamentos feito pelos analistas, estão a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação — que atingirá o consumo e deverá impactar diretamente as “maquininhas de pagamento”.
“Independentemente disso, a vantagem competitiva dos adquirentes de bancos em um ambiente de alta da Selic e o gap de receita positivo quando essa taxa continuar a cair nos levam a esperar um 2023 favorável pela frente para a Cielo”, pontua o documento.
Safra: Cielo tem forte desempenho e lucro dobrado, mas banco segue neutro
Em relação aos dados trimestrais reportados pela Cielo, recentemente o Banco Safra destacou números em linha com as expectativas e mostrando crescimento, mas seguiram com recomendação neutra.
“Como resultado do forte crescimento da receita líquida e da expansão da margem, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 422 milhões no 3T22. No geral, os resultados da Cielo foram fortes como o esperado, e acreditamos que as ações devem reagir positivamente”, dizem os analistas do Safra.
Na ocasião, o lucro da empresa ficou 1,5% acima das expectativas, mostrando um crescimento de quase o dobro do 3T21. Porém, cauteloso, o banco manteve o preço-alvo da Cielo em R$ 5,90 devido à alta fragmentação do setor, apesar da recente melhora na dinâmica do mercado.