A Cielo (CIEL3), líder em adquirência no Brasil, encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido recorrente de R$ 490,1 milhões, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (26).
O resultado da Cielo é 16,2% maior que o do trimestre anterior, e 63,3% superior ao do quarto trimestre de 2021. O lucro consolidado foi de R$ 328 milhões, queda de 2,6% em um ano.
De acordo com a companhia, os números da Cielo no 4T22 foram impulsionados tanto pela adquirência quanto pela Cateno, empresa que gere os arranjos dos cartões Ourocard, do Banco do Brasil, e que é uma sociedade entre a Cielo e o BB. Foi o sexto trimestre seguido de alta anual no lucro da companhia.
No ano de 2022, a Cielo teve lucro líquido recorrente de R$ 1,479 bilhão, alta de 78,6% na comparação com 2021. O resultado consolidado, que exclui efeitos não recorrentes de cerca de R$ 90 milhões, foi de R$ 1,570 bilhão, alta de 61,7% em um ano.
Ao longo do ano passado, a companhia voltou a recuperar mercado após anos de redução de sua fatia no setor, ao mesmo tempo em que elevou sua rentabilidade. Além disso, concluiu o programa de desinvestimentos, retirando do balanço resultados de subsidiárias que não davam lucro.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Cielo foi de R$ 1,092 bilhão, alta de 40,4% em 12 meses, e de 8,6% em três. No acumulado de 2022, o resultado nessa linha do balanço foi de R$ 3,724 bilhões, crescimento de 47,8% na comparação com 2021.
A margem Ebitda da Cielo controlada por Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), fechou o ano em 39,7%, um incremento de 14,9 pontos porcentuais em relação ao final de 2021.
A receita líquida da Cielo foi de R$ 2,754 bilhões no quarto trimestre de 2022, queda de 12,3% em um ano, mas alta de 18% em bases recorrentes, o que exclui as receitas de unidades de negócios que foram vendidas pela companhia no período.
Em 2022, a receita da adquirente foi de R$ 10,693 bilhões, 8,5% menor que a de 2021, ou de R$ 10,124 bilhões em termos recorrentes, alta de 23,4%.
O crescimento veio do aumento dos preços cobrados dos clientes da companhia, e também do maior volume capturado.
No último trimestre do ano passado, as maquininhas e sistemas da companhia capturaram R$ 231,374 bilhões em transações, volume recorde para a empresa, 11% superior ao do mesmo período do ano anterior, e 4,6% acima do terceiro trimestre do ano passado. Nos 12 meses de 2022, a captura foi de R$ 872,027 bilhões, alta de 22,2% ante 2021.
Já a despesa financeira líquida da Cielo foi de R$ 105,9 milhões no quarto trimestre, alta de 75,9% em relação ao ano anterior, diante do aumento da taxa Selic, que impacta as despesas financeiras brutas. No ano, a alta foi de 989,8%, para R$ 447,9 milhões.
Cotação da Cielo
As ações da Cielo fecharam em alta de 0,57%, cotadas a R$ 5,29. Nos últimos trinta dias, ação subiu 4,13%. Desde o início de 2023, sobem 3,73%.
(Com informações do Estadão Conteúdo)