Após vender quase R$ 700 milhões em ativos em menos de um ano, a Cielo (CIEL3) pretende agora se desfazer de um negócio no exterior, segundo informações da Coluna do Broadcast, do Estadão.
A empresa em questão é a americana Merchant e-Solutions (MeS), comprada pela Cielo em 2012 por US$ 670 milhões. A operação marcou a estreia da Cielo nos Estados Unidos.
De acordo com a coluna, o presidente da Cielo, Gustavo Sousa, disse, em conversa com analistas e investidores, que está aberto a analisar “decisões mais estratégicas” para o ativo, que passou por um trabalho de turnaround (recuperação). “Esse processo agora está maduro… Entendemos que a atenção da Cielo tem de ficar em seu core de adquirência no Brasil”, disse ele.
As conversas sobre a venda da MeS teriam começado na administração passada, sob o comando de Paulo Caffarelli, que renunciou em maio. A venda da MeS já conta com banco contratado e tratativas com potenciais compradores, segundo fontes do Broadcast.
Cielo tem feito desinvestimentos
Controlada pelo Bradesco (BBDC4) e pelo Banco do Brasil (BBAS3), a Cielo tem buscado se concentrar no seu negócio principal, o de pagamentos. Neste caminho, a empresa vendeu três empresas:
- A Orizon, do segmento de saúde;
- Uma plataforma de transações para a bandeira Elo; e
- a empresa de meios de pagamento M4U
Caso a venda da Merchant e-Solutions se concretize, poderá ser o maior desinvestimento da Cielo até o momento.
Na semana passada, a Cielo vendeu a M4U para a Bemobi por R$ 185 milhões. Foi primeira aquisição da empresa, conhecida como a “Netflix dos apps e games”, desde que captou mais de R$ 1 bilhão na B3, em fevereiro.
Os recursos serão utilizados pela Cielo para reforçar os chamados produtos de prazo, como antecipação de recebíveis. A ideia é, ao antecipar uma receita futura aos lojistas, reter o cliente e garantir margens futuras.