A Cielo (CIEL3), de fato, irá deixar a bolsa de valores após ampla adesão na sua Oferta Pública de Aquisição (OPA).
A OPA da Cielo teve uma adesão de 81,7%, com 749.889.806 ações de um montante total de 902.247.285 papéis.
Os controladores da companhia, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), já respondem por mais de 66% da companhia, ao passo que a tesouraria tem pouco mais de 0,5%.
Já em meados de fevereiro os controladores haviam anunciado o interesse de tirar a companhia da bolsa. À época, o preço proposto gerou polêmica junto ao mercado, já que investidores questionaram o preço de R$ 5,35 por ação CIEL3.
Em abril o preço foi elevado para R$ 5,60 e com correção do CDI até a conclusão da operação.
Os bancos controladores compraram as ações a R$ 5,82 cada, confirmando o preço à vista por ação de R$ 5,60 acordado com acionistas minoritários em abril, mais ajuste pelo CDI.
A previsão é de que a operação tenha liquidação no dia 16 de agosto. Já que a empresa atingiu o mínimo para sair da bolsa, deverão ocorrer novas ofertas para comprar as ações que ainda permanecem nas mãos de minoritários.
Desempenho das ações
As ações da Cielo permaneceram listas em bolsa por 15 anos. Os papéis passaram a ser negociados em meados de julho de 2009, a cerca de R$ 9.
A companhia teve uma rentabilidade relevante – de mais de 250% – até meados de 2015, quando passou a ter mais concorrentes, perdeu market share e entrou em derrocada.
Nos últimos meses os papéis acumularam uma alta expressiva, contudo, com surpresas positivas em alguns balanços trimestrais.
Em 2024 as ações da Cielo sobem 28%. Em 12 meses, os papéis sobem 54%.
Cotação CIEL3