O BTG Pactual não vê “nenhuma razão” para mudar a recomendação para as ações da Cielo (CIEL3), mesmo que o ativo da adquirente multi-bandeira de cartões tenha caído cerca de 30% em relação ao pico de outubro.
“Aliás, não vimos sequer uma mudança significativa no discurso da gestão”, destacam os analistas do BTG.
O TPV (Volume total de pagamentos) da Cielo está desacelerando, devido à deflação e estabilizando a penetração do cartão, dizem os analistas. Entretanto, os estrategistas do BTG acreditam que a Cielo pode entregar um lucro líquido de cerca de R$ 2 bilhões em 2023.
Caso a projeção se cumpra, a CIEL3 estaria sendo negociado a um P/L (Preço/Lucro) “muito atraente” aos olhos do BTG Pactual, de 5,7x 23, que parece ao banco de investimentos um ótimo ponto de entrada.
“Para 2023, nossas estimativas assumem que o TPV aumentará cerca de 10%, enquanto esperamos um crescimento mais forte para PagSeguro (PAGS34) e Stone (STOC31), 19% e 23%, respectivamente”, completa o BTG Pactual.
Os analistas têm recomendação de “compra” para as ações da Cielo, com preço-alvo de R$ 7.
Cielo: Santander reitera compra e eleva preço-alvo para 2023; veja os motivos
O Santander (SANB11) elevou o preço-alvo da Cielo para R$ 7,50 ao final de 2023. Anteriormente, a estimativa feita pelos analistas era um valor de R$ 6 — com a alta, o banco reitera a recomendação de compra.
Segundo os analistas do Santander, a Cielo conta com vantagens competitivas em relação a outros players, como Stone (STOC31) e PagSeguro (PAGS34).
Entre as vantagens, está o menor custo de fontes de financiamento. “Isso se mostrou crucial em um ambiente de alta da Selic, porque os adquirentes de bancos conseguiram repassar custos da taxa de juros mais altos, sem churn considerável”, pontua o relatório.
Cotação
As ações da Cielo fecharam em alta de 0,46%, cotadas a R$ 4,37 nesta sexta-feira (9).