Cielo (CIEL3): BB-BI atualiza preço-alvo com “cenário incerto e transformações constantes”
O BB-BI atualizou o preço-alvo para a Cielo (CIEL3) para R$ 3,50 ao final do ano que vem, com recomendação neutra.
Em relatório, o banco explica que a premissa para o preço-alvo da Cielo levou em consideração o “cenário incerto do mercado de adquirência no Brasil”, citando a alta concorrência e transformações constantes.
Além disso, o BB avaliou a dificuldade da companhia de maquininhas de se adaptar a esse mercado e sua a capacidade de reter clientes e rentabilizá-los, enquanto transforma o seu modelo de atendimento e precificação e aumenta a relevância dos produtos de antecipação de recebíveis junto aos clientes.
Por volta das 15h dessa quinta-feira, a ação da Cielo (CIEL3) operava em alta de 0,70%, valendo R$ 2,88.
A recomendação ocorre na semana em que a gigante das maquininhas movimentou o mercado, após o site Pipeline afirmar que o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) estariam avaliando fechar o capital da controlada.
A Cielo negou as informações em fato relevante publicado na terça à noite, após a publicação da notícia.
Conselheiros analisavam alternativas para o futuro da Cielo
Segundo a reportagem do site, conselheiros dos bancos estavam analisando alternativas para o futuro da Cielo e, alguns membros do conselho apoiavam que a companhia deixasse a Bolsa de Valores com a questão societária já resolvida — enquanto outros defendiam que a empresa de maquininhas fechasse seu capital primeiro.
“Não tem como resolver a questão societária com minoritários no meio”, afirmou uma fonte ao Pipeline.
O Bradesco é dono de 30,06% da companhia e o banco estatal tem 28,65% do negócio. Na avaliação divulgada em seus respectivos balanços, as fatias na Cielo valem cerca de R$ 11,7 bilhões. Hoje, o valor de mercado da companhia é de aproximadamente R$ 7,82 bilhões.
De acordo com o jornal, os dois bancos dona da Cielo arcariam com a Oferta Pública de Aquisição (OPA). As fontes ainda apontaram que os consultores já estipularam um preço máximo por ação para a operação.