Cielo (CIEL3): lucro líquido quase dobra no 3T22, para R$ 422 milhões
A Cielo (CIEL3), empresa de maquininhas de cartões, anunciou nesta segunda-feira (31) um lucro líquido recorrente de R$ 422 milhões no terceiro trimestre de 2022.
Com isso, o lucro líquido recorrente da Cielo aumentou 99% na comparação com o mesmo período de 2021, considerando os resultados consolidados com a Cateno, negócio de gestão de cartões da companhia.
O resultado da Cielo no 3T22 mostra o quinto trimestre consecutivo de crescimento dos ganhos sobre o mesmo período do ano anterior, segundo informações da empresa, que está em “lua de mel” com o mercado devido à melhora dos resultados.
O lucro líquido da Cielo no 3T22 é o maior registrado desde o segundo trimestre de 2019. Além disso, a companhia fechou o terceiro trimestre de 2022 com ROE de 16%.
Nesse contexto, as ações da Cielo, com ticker CIEL3, estão entre as que mais subiram no Ibovespa em 2022.
O forte crescimento do lucro da Cielo foi impulsionado pela expansão do volume capturado nas maquininhas da empresa, controle de gastos e recuperação da Cateno, segundo o balanço do 3T22.
Nessa última divulgação de resultados da Cielo, a empresa lucrou R$ 181,7 milhões no terceiro trimestre. Além disso, não foram registrados efeitos extraordinários no período.
Com as milhares de leitoras de cartões da Cielo foram transacionados R$ 221 bilhões entre julho e setembro, o chamado TPV, expansão de 23% em 12 meses. A base ativa do varejo apresentou um crescimento em relação ao mês de junho.
O volume antecipado (ARV e RR) atingiu um novo recorde histórico, de R$ 30 bilhões, com expansão de 35% na comparação com o 3T21.
Já a receita de aquisição de recebíveis (ARV) cresceu 20% frente ao 2T22, e 170% em relação ao terceiro trimestre de 2022.
Ebtida da Cielo sobe 45% no 3T22
O Ebitda recorrente da Cielo (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,006 bilhão no terceiro trimestre, com alta de 45% na comparação com o mesmo período de 2021. Com isso, a margem Ebitda supera 38% no fechamento de setembro.
Já a receita consolidada caiu 12%, para R$ 2,6 bilhões, com a venda da americana MerchantE, realizada no primeiro semestre.
Apesar disso, a receita da Cielo, do ponto de vista operacional, vem apresentando um crescimento sequencial, subindo 4% em 3T22 em relação ao 2T22, e 24% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, totalizando R$ 2,6 bilhões.
O gerenciamento dos gastos da Cielo também se mostrou mais eficiente, já que decresceram 3,7% em relação ao segundo trimestre de 2022. A empresa também registrou o menor ratio de gastos de sua histórica, de 0,55%.
Desse modo, os resultados mais otimistas da Cielo vieram de acordo com uma “forte recuperação do resultado de adquirência, por meio de desempenho operacional e eficiência em gastos”, diz o relatório.
A Cielo afirma que pretende otimizar a geração de valor para seus os acionistas e que “segue monitorando mercado e possíveis oportunidades”.
Cotação da Cielo nesta segunda (31)
As ações da Cielo encerraram a sessão de hoje (31) em alta de 5,50%, acumulando um desempenho de +10,19% em outubro.
(Com informações de Estadão Conteúdo)