Cielo (CIEL3) tem alta de 36% no lucro recorrente do 1T22, para R$ 184,6 mi
A Cielo (CIEL3) reportou nesta terça-feira (3) seus resultados do primeiro trimestre de 2022 (1T22). A empresa destaca que o lucro recorrente foi de R$ 184,6 milhões, alta de 35,9% quando comparado ao lucro recorrente do 1T21, de R$ 135,8%.
Ao desconsiderar o resultado recorrente, o lucro líquido teria caído 23,5% em relação ao 1T21 e 45,2% ante o 4T21. A companhia afirma que a queda se dá pela influência de efeitos extraordinários sobre o resultado de janeiro a março do ano anterior.
O lucro recorrente da Cielo foi positivo pelos seguintes efeitos:
- A venda da coligada Orizon;
- cessão e atualização monetária da plataforma Elo; e
- reversão das provisões legadas do projeto New Elo.
No total, há diferença de R$ 105,5 milhões para o lucro consolidado.
Em termos operacionais, a companhia destaca que, de janeiro a março, os resultados da Cateno – joint venture da BB Elo Cartões Participações e Cielo – subiram, enquanto os da Cielo Brasil encolheram. Por outro lado, a empresa afirma que os resultados recorrentes da Cielo Brasil têm se beneficiado de uma melhora nos fundamentos operacionais.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cielo foi de R$ 711,5 milhões no 1T22, um avanço de 16% sobre o mesmo período de 2021, ou de 52,1% em bases recorrentes.
Já sobre o quarto trimestre do ano passado, o Ebitda da Cielo caiu 9,9%, explicada pela sazonalidade do setor de varejo.
A margem Ebitda da companhia foi de 25,8%, alta de 3,2 pontos porcentuais em um ano e de 0,6 ponto porcentual em um trimestre. A margem líquida da empresa foi de 9%, desempenho 0,7 p.p. inferior ao mesmo intervalo de 2021.
1T22 da Cielo: receita líquida atingiu R$ 2,7 bilhões, alta de 1,5%
A despesa financeira da Cielo foi de R$ 83,2 milhões no período, revertendo a receita financeira líquida de R$ 34,8 milhões observada um ano antes. A adquirente atribui a reversão ao efeito do aumento da Selic sobre suas despesas financeiras.
Já sobre os gastos totais consolidados, a Cielo afirma que eles seguem sob controle, com uma queda de 3,4% frente ao 1T21. Com efeitos extraordinários isolados, que reduziram a base de gastos do 1T21, a queda teria sido de 8,9%, refletindo:
- Queda nominal nos gastos normalizados da Cielo Brasil, a despeito da inflação do período, da pressão sobre os gastos da forte expansão de volumes, e dos investimentos no processo de transformação;
- Despesas sob controle na Cateno;
- Queda em outras controladas, em razão da alienação da Multidisplay/M4U.
Entre janeiro e março, os sistemas da Cielo capturaram R$ 198,3 bilhões em transações, incremento de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os cartões de crédito, que são mais lucrativos, representaram 59,7% do total.
No período, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2,7 bilhões, uma alta de 1,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Em três meses, a receita da companhia caiu 12,1%. De acordo com a apresentação da empresa, o destaque foram Cateno e Cielo Brasil, com crescimento de 27,6% e 14,1% sobre 1T21, respectivamente.
(Com informações do Estadão Conteúdo)