Cielo (CIEL3) mais do que dobra o lucro do 2T22, para R$ 383,4 milhões

A Cielo (CIEL3) reportou nesta terça-feira (2) seus resultados do segundo trimestre de 2022 (2T22). A empresa destaca que o lucro recorrente foi de R$ 383 milhões, alta de 112,5% quando comparado ao lucro recorrente do 2T21 – período em que registrou R$ 180,4 milhões.

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De acordo com o balanço da Cielo do 2T22, esse é o maior valor de lucro líquido recorrente desde o quarto trimestre de 2018. “O trimestre foi marcado por forte desempenho operacional em adquirência e na Cateno”, diz o relatório financeiro.

Ao desconsiderar o resultado recorrente, o lucro líquido teria um salto de 252,2% em relação ao 2T21, totalizando R$ 635,5 milhões. A companhia afirma que a queda se dá pela influência de efeitos extraordinários sobre o resultado de janeiro a março do ano anterior.

“Houve expansão do resultado em todas as unidades de negócios. Em outras controladas, o resultado se beneficiou dos impactos positivos relacionados à venda da subsidiária MerchantE. Tanto na Cielo, como na Cateno, os resultados foram impulsionados pela sólida melhora nos fundamentos operacionais, com crescimento das receitas e gastos sob controle”, aponta a empresa.

O resultado operacional da Cielo se beneficiou do crescimento do volume capturado, recuperação do yield de receita, contínuo controle de gastos, expansão do negócio de antecipação de recebíveis e desempenho recorde da Cateno.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda da Cielo, foi de R$ 1,183 bilhão no 2T22, um avanço de 103,7% sobre o mesmo período de 2021, impulsionado, além do desempenho operacional de Cielo e Cateno, pelos impactos relacionados à venda da MerchantE.

Já no quesito recorrente, o Ebitda ficou em R$ 914,7 milhões, registrando aumento de 57,5% sobre o 2T21, com margem Ebida de 36,0% no 2T22, contra 20,7% no 2T21.

2T22 da Cielo: receita líquida é de R$ 2,5 bilhões, queda de 9,7%

A receita operacional líquida da Cielo da companhia recuou 9,7% na comparação de base anual, para R$ 2,54 bilhões, considerando MerchantE.

De acordo com o relatório financeiro da Cielo, foram observados eventos extraordinários no segundo trimestre de 2022 que impactaram o resultado:

  • Impairment de softwares – Revisão da vida útil de softwares atualmente em uso no relacionamento com clientes, tendo em vista a reestruturação do modelo de
    atendimento que encontra-se em andamento, e envolve, entre outras mudanças, a implantação de novos sistemas;
  • Fechamento de lojas físicas – Reestruturação de canais, com o encerramento de lojas e quiosques, o que gerou provisionamento de R$5,5 milhões nas Outras despesas Operacionais da Cielo Brasil;
  • Alienação da MerchantE – A venda da MerchantE, incluindo o recebimento da parcela upfront de US$ 137,2 milhões, e o reconhecimento de US$ 25 milhões referentes a uma parte do earnout geraram um impacto de R$282,3 milhões, alocados às Outras Despesas Operacionais das “Outras Controladas”.

Entre abril e junho, o volume total de pagamentos processados pela Cielo foi de R$ 221 bilhões, crescimento de 33,8% sobre mesma época de 2021 e aumento de 11,4% em relação ao trimestre anterior.

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Victória Anhesini

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