Cielo (CIEL3) dispara 71% e é maior alta do semestre; veja análises
A Cielo (CIEL3) foi a maior alta da bolsa ao longo do primeiro semestre (1S22), que terminou nesta quinta-feira (30). Do início do ano até aqui a alta foi de 71%.
Com esses números, as ações da Cielo ficam cotadas na casa dos R$ 3,88, bem acima do Ibovespa – que caiu 4,64% na mesma janela de tempo.
Um dos grandes triggers para CIEL3 foi a recomendação de compra para o JPMorgan em maio.
A casa firmou preço-alvo de R$ 5 para os papéis e também deu recomendação de compra. No dia em que o relatório foi publicado, o texto puxou o preço dos ativos para cima.
Entre 24 e 26 de maio foram mais de 10% de alta na ação, período em que os investidores digeriam o novo parecer dos especialistas.
Segundo o relatório, a Cielo teria melhorado em seu desempenho operacional, o que fez mudar a visão de recomendação sobre a empresa. O banco, aliás, considerou a Cielo a melhor opção no segmento de pagamentos.
Na visão dos analistas do JPMorgan, a credenciadora de maquininhas apresentou melhor saúde financeira nos seus últimos resultados trimestrais.
Além da Cielo, veja as maiores altas do Ibovespa no 1S22:
- Cielo (CIEL3): +71%
- Eletrobras (ELET3): +58%
- Eletrobras (ELET6): +45%
- Hypera (HYPE3): +38%
- Minerva (BEEF3): +31%
O BTG Pactual (BPAC11) discorda da tese, mantendo recomendação neutra – mas segue com o preço-alvo de R$ 5, como estima o JPMorgan.
“Ajudado pela inflação mais alta, mas principalmente pela aceleração na migração de dinheiro para meios eletrônicos de pagamento, a Volume Total de Pagamentos (TPV) tem sido mais forte do que o inicialmente esperado ultimamente”, destacam os analistas.
O BTG aponta que, na média, o TPV da indústria disparou 36% no comparativo anual.
O Itaú BBA, por sua vez, considera as ações do PagSeguro, do mesmo setor, mais atrativas e com maior perspectiva de crescimento – embora o ativo seja negociado na bolsa dos EUA (com o ticker PAGS).
O banco destaca que o TPV total de 2021, em termos de porcentagem, fica em 9,5% com a PagSeguro, ante 26,8% da Cielo.
A tese do BBA é de que, assim como a Stone, há menos atratividade nos papéis da Cielo. O preço-alvo firmado fica acima da cotação atual e abaixo das casas concorrentes, em R$ 4,30.