CICB nega suspensão de compras de couro por marcas internacionais

José Fernando Bello, presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), afirmou mais cedo que as suspensões de compra de couro brasileiro, que na verdade não aconteceram, eram resultado das queimadas na Amazônia. Entretanto, o CICB anunciou, por volta das 13h, que não houve a suspensão.

Bello afirmou, após o episódio que veio a público mais cedo, que “o fornecimento e exportações continuam normais, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais de couro.”

Segundo o mandatário do CICB, o parecer enviado a Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, era apenas um “trabalho de sensibilização intenso que as empresas têm feito junto a seus clientes.”

Marcas internacionais cancelam compras de couro do Brasil, diz indústria

Durante a manhã desta quarta-feira (28), a notícia de que algumas marcas, famosas mundialmente, estavam dispostas a suspender os pedidos de aquisição de couros brasileiros assustou a indústria do ramo.

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O motivo da suspensão seria o envolvimento do Brasil em polêmicas com queimadas na região amazônica. Entre as marcas que estariam fazendo parte do suposto boicote, estavam: Vans, Timberland, Kipling, JanSport e The North Face.

As informações constam na carta aberta enviada pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. “Este cancelamento foi justificado em função de notícias relacionando queimadas na região amazônica ao agronegócio do país”, informa o documento que teve supervisão do presidente da entidade, José Fernando Bello.

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Bello requisitou intervenções para “contenção de danos à imagem do país no mercado externo sobre as questões amazônicas”. De acordo com dados do CICB, mais de 80% da produção de couro do País é exportada, o que gera uma alta receita, que já alcançou o valor de US$ 2 bilhões.

Os industriais do setor de couro disseram que está ocorrendo “uma interpretação errônea do comércio e da política internacionais acerca do que realmente ocorre no Brasil e o trabalho do governo e da iniciativa privada com as melhores práticas em manejo, gestão e sustentabilidade”.

Juliano Passaro

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