Pesquisa: ciberataques dobram em 2021; Brasil tem 16,2 milhões de registros
Pesquisa da Fortinet mostrou que no primeiro semestre de 2021 o número de ciberataques ficou em alta no Brasil e no mundo, com 16,2 bilhões de tentativas ao longo do período.
Em fevereiro deste ano, a mesma pesquisa da Fortinet direcionada para os dados de 2020 constatou um número de 8,4 milhões de ciberataques ao longo de 2020 no Brasil. Ou seja, só no primeiro semestre deste ano, o número praticamente dobrou.
A América Latina segue a mesma tendência de alta, com registrou 91 bilhões de tentativas de ataques na primeira metade do ano, contra 41 bilhões durante 2020.
A pesquisa da Fortinet também mostra um recorte global das ameaças que mais cresceram no primeiro semestre, com destaque para os ataques de ransomware, sendo que somente em junho de 2021 a atividade semanal de ataques com esse tipo de vírus foi dez vezes maior do que os níveis de um ano atrás.
Busca por serviços contra ciberataques cresce
Se de um lado as empresas estão mais preocupadas e devem ampliar seus investimentos para evitar ataques hackers aos sistemas que garantem o funcionamento de suas atividades, o mercado de segurança cibernética caminha para crescer na mesma proporção.
O estudo da Roland Berger mostra que essa indústria, que faturou US$ 170 bilhões no ano passado, vai dar um salto. A projeção da consultoria alemã é de que esse mercado alcance US$ 250 bilhões em 2025 e atinja US$ 360 bilhões em 2030.
O levantamento mostra que a segurança na nuvem é o segmento que deve apresentar maior crescimento, em linha com o aumento do seu uso pelas empresas. Um dos mercados que já observa expansão é o de seguros contra ataques cibernéticos, com as empresas assustadas com os recentes casos.
“A tendência é de que esse crescimento continue neste e nos próximos anos. Diversos fatores têm impulsionado a procura e venda desse produto”, comenta a gerente de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil, Hellen Fernandes.
De acordo com Gustavo Henrique Duani, Diretor de Cibersegurança da Claranet, a Análise de Vulnerabilidade foi um dos serviços mais buscados no último ano e é justamente o primeiro passo para a empresa que quer investir em cibersegurança.
“Investigar quais são os pontos sensíveis de uma empresa é sempre o começo para que seja possível o desenvolvimento de um plano de mitigação, que pode incluir novos serviços, instalação de produtos ou consultoria para correção”, explica.
O executivo ressalta ainda a consultoria para adequação à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) como outro serviço bastante procurado nos últimos meses por causa da alta de problemas com ciberataques.