A China confirmou a presença do vice-premiê Liu He em Washington nesta semana. Dessa forma, as negociações entre Pequim e os Estados Unidos devem ter andamento. Assim, a visita do negociador chinês está marcada para 9 e 10 de maio.
“As negociações são por natureza um processo de discussão. É normal para ambos os lados ter diferenças. A China não evitará problemas e é sincera em continuar conversando”, disse o porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Geng Shuang.
De acordo com os asiáticos, a implantação de tarifas não é a solução para a disputa comercial entre as duas potências. “Esperamos que os EUA possam trabalhar duro com a China com base no respeito mútuo e na igualdade”, disse Geng.
Nesse sentido, o representante ainda ressaltou esperar por um acordo vantajoso para os dois lados. A declaração do porta-voz faz referência à tarifa implementada pelos EUA à China. A decisão foi anunciada por Trump no domingo (5).
Trump anuncia tarifas à China; entenda
Os Estados Unidos anunciaram, no início da semana, que vão aumentar as tarifas para as importações chinesas. A medida entra em vigor na próxima sexta-feira (10). Por isso, a partir da data, as taxas passam de 10% para 25% sobre produtos importados da China.
A nova tarifa dos Estados Unidos será aplicada sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. Desse modo, Trump lamentou que as negociações comerciais entre os dois países estejam avançando “muito lentamente”.
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“Durante dez meses, a China pagou 25% das tarifas aos Estados Unidos por 50 bilhões de dólares em produtos tecnológicos e 10% em 200 bilhões de dólares em outras mercadorias”, afirmou o presidente dos Estados Unidos no Twitter.
For 10 months, China has been paying Tariffs to the USA of 25% on 50 Billion Dollars of High Tech, and 10% on 200 Billion Dollars of other goods. These payments are partially responsible for our great economic results. The 10% will go up to 25% on Friday. 325 Billions Dollars….
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de maio de 2019
Disputa comercial entre as potências
Em 2015, a China lançou o programa “Made in China 2025”, que tinha como objetivo fazer do país um líder mundial em setores, como:
- aeronáutica;
- robótica;
- telecomunicações;
- inteligência artificial e veículos de energia limpa.
Alinhado ao pensamento chinês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pareceu favorável ao progresso do país asiático em alguns momentos. No entanto, não era favorável às perdas das empresas norte-americanas.
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Dessa forma, os EUA pediram o fim de práticas comerciais que julga “injustas”, como:
- Transferência de tecnologia imposta a empresas estrangeiras na China;
- Roubo de propriedade intelectual dos EUA;
- Subsídios concedidos a empresas estatais chinesas.
Por fim, as ameaças dos Estados Unidos de aumentar as tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas foi cumprida.
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Sendo assim, o mercado segue atento ao impasse entre China e Estados Unidos. No entanto, as preocupações estão voltadas ao impacto negativo sobre a economia global.
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