China: Vendas no varejo e produção industrial superam expectativas
A produção industrial da China teve expansão anual de 3,5% em outubro, segundo dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês).
O resultado – que representa uma aceleração ante o crescimento anual de 3,1% em setembro – superou as expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 2,8%. Em agosto, a produção havia aumentado 5,3% em relação a um ano antes.
Já as vendas no varejo chinês aumentaram 4,9% em outubro ante igual mês do ano passado. O dado mostrou aceleração ante o ganho anual de 4,4% visto em setembro e também superou o consenso do mercado, de acréscimo de 3,5%.
Os investimentos em ativos fixos na China, por sua vez, cresceram 6,1% no acumulado de janeiro a outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Neste caso, a projeção era de alta de 6,2%. Nos primeiros oito meses de 2021, o avanço nos investimentos havia sido de 7,3%.
Apesar de dados positivos, bolsa chinesa fechou em queda
Mesmo após a divulgação dos dados acima do esperado, a bolsa de Shanghai fechou em queda de 0,16% nesta segunda-feira. As outras principais bolsas asiáticas fecharam no positivo, conforme abaixo:
- Nikkei (Japão): +0,56% (fechado)
- Hang Seng Index (Hong Kong): +0,25% (fechado)
- Kospi (Coreia do Sul): +1,03% (fechado)
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A campanha agressiva da China para conter a atividade imobiliária especulativa pode desacelerar a taxa de crescimento do país nos próximos anos, dizem economistas.
E acrescentam que mesmo que o pior cenário – uma grande correção do mercado habitacional com queda acentuada nos preços das residências – seja evitado, as perdas para a economia do país gigante asiático ainda serão grandes.
A atividade imobiliária é responsável por cerca de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) da China e o comportamento especulativo tem apoiado o emprego e a arrecadação de receitas nas cidades chinesas há anos.
Sem um mercado imobiliário em expansão, é mais provável que a China registre um crescimento anual de cerca de 3% a 5% nos próximos anos, dizem os especialistas, em vez da expansão de mais de 6% a que está acostumada.
(Com informações de Estadão Conteúdo)