O governo da China decidiu neste sábado (25) de proibir as viagens turísticas de cidadãos chineses ao exterior. A decisão foi tomada pelo Executivo de Pequim para tentar conter a epidemia de coronavírus.
Atualmente 1.372 casos de contaminação por coronavírus foram confirmados na China. Há 41 mortes provocadas pelo vírus, entre as quais a de um médico que atendia pacientes infectados na cidade de Wuhan, de 11 milhões de habitantes, na província de Hubei.
A região é o foco central do surto da epidemia. Tanto que o próprio consulado dos Estados Unidos ordenou a evacuação de todos seus funcionários em Wuhan.
A suspensão das viagens turísticas ao exterior entrará in vigor a partir da próxima segunda-feira (27). Há doze países que já confirmaram casos de contágio pelo coronavírus:
- Japão
- Estados Unidos
- França
- Coreia do Sul
- Austrália
Além da proibição de viagens, todos os veículos foram proibidos de circular pelas estradas de Wuhan a partir deste domingo (26), com a excepção dos carros oficiais e caminhões de carga.
O presidente chinês, Xi Jinping, declarou neste sábado que o país asiático está enfrentando uma “situação grave”. O Comitê Permanente do Politburo da China se reuniu para discutir a situação e elaborar planos de resposta para a epidemia.
China cancela comemorações do ano novo
A primeira notícia sobre o coronavírus foi divulgada no dia 31 de dezembro. A partir daquela data a epidemia continua aumentando rapidamente de intensidade, preocupando as autoridades chinesas e internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para tentar diminuir a propagação do coronavírus o governo chinês decidiu cancelar as comemorações do Ano Novo Lunar. Além disso, as autoridades também restringiram viagens em três grandes cidades da China em um período de grande movimentação de cidadãos chineses, que aproveitam do feriado para visitar suas famílias.
Essa quarentena imposta pelo governo de pequim para as três cidades acabou impactando a vida de cerca de 20 milhões de pessoas.
Saiba mais: China toma novas medidas sobre coronavírus; mercado pode ser impactado
De acordo com o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs, por conta do vírus que está infestando a China, maior consumidor mundial de petróleo, o preço do barril da commodity terá um impacto negativo de US$ 3.
“Traduzindo o impacto estimado do SARS sobre a demanda em volumes de 2020 apontaria para um choque negativo potencial de 260.000 barris por dia na demanda global por petróleo”, informou o Goldman em nota na última terça-feira (21), comentando o impacto do coronavírus sobre a economia da China e do mundo.
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