China suspende tarifas alfandegárias sobre produtos dos EUA
A China decidiu suspender as tarifas alfandegárias sobre produtos norte-americanos que deveriam ser implementadas no último domingo (15).
De acordo com o governo chinês, a decisão veio após os Estados Unidos e a China firmarem a “fase um” de um acordo comercial. No entanto, as tarifas chinesas que já passaram a incidir sobre os produtos norte-americanos serão mantidas.
“A China espera, com base na igualdade e no respeito mútuo, trabalhar com os EUA para resolver adequadamente as preocupações de cada um e promover o desenvolvimento estável das relações econômicas e comerciais dos EUA e da China“, informou o Ministério das Finanças da China.
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O governo americano já havia informado na última sexta-feira (13) que o país manterias as tarifas de 25% sobre os produtos chineses no valor de US$ 250 bilhões.
China e EUA confirmam acordo na guerra comercial
A China confirmou na última sexta-feira (13) o acordo comercial com os Estados Unidos, após 19 meses de negociações na guerra comercial.
Wang Shouwen, vice-ministro do Comércio da China, afirmou em uma entrevista coletiva em Pequim que ambas as partes alcançaram “progressos significativos” na guerra comercial.
Segundo o representante chinês, o acordo resulta na remoção de algumas das tarifas sobre US$ 360 bilhões em produtos de origem chinesa por parte dos Estados Unidos. Segundo ele, as tarifas sairiam em fases e incluiriam isenções adicionais para algumas exportações.
Isso criará melhores condições para a China e os Estados Unidos fortalecerem a cooperação”, salientou Wang.
A Casa Branca não anunciou formalmente o acordo, no entanto, o presidente norte-americano Donald Trump, escreveu em sua conta pessoal no Twitter que um grande acordo foi firmado com os chineses, os quais farão significativas mudanças e grandes compras de produtos agrícolas, de energia produtos manufaturados oriundos dos Estados Unidos.
O acordo vem em bom momento para Trump, pois o entendimento com a China para o fim da primeira fase na guerra comercial poderá ser usado em sua campanha para a reeleição nas eleições de 2020 enquanto o Congresso avança com seu impeachment.