China suspende restrições ao investimento estrangeiro

A China intensificou seus esforços para abrir seu mercado financeiro através da suspensão, no último sábado (20), de restrições ao investimento estrangeiro nos serviços financeiros.

As medidas permitirão o acesso de capital estrangeiro no mercado de títulos, seguros, gestão de ativos e fundos de pensão. Dessa forma, os investidores estrangeiros não terão uma limitação na participação em ações e fundos de investimento na China em 2020.

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Conforme publicado pelo Banco Central da China, o plano de abertura do mercado deveria ocorrer somente em 2021. No entanto, após uma reunião do Conselho de Estado, o governo decidiu antecipar a decisão para impulsionar o crescimento financeiro.

Segundo o consultor do Conselho de Estado da China, Dong Shaopeng, a abertura financeira é consequência da necessidade de desenvolvimento do país.

Em entrevista ao jornal chinês “Global Times”, Dong afirmou que permitir que instituições estrangeiras atuem no mercado financeiro da China é um novo passo para a economia chinesa. Além disso, o consultor ressaltou que o processo de abertura continuará acelerando.

Redução no ritmo de crescimento

O crescimento econômico da China no segundo trimestre de 2019 foi abaixo do esperado. O ritmo de crescimento foi o mais lento desde 1992. No semestre, a economia teve alta de apenas 6,2%. Em 2018, o crescimento foi de 6,6%.

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Embora o avanço possa ser significativo para outros países, o índice indica um ritmo lento de desenvolvimento se tratando da economia chinesa. Em março, o primeiro-ministro do país, Li Keqiang, estabeleceu uma meta entre 6% a 6,5% para o desenvolvimento do PIB de 2019.

Guerra comercial

A guerra comercial entre Estados Unidos e China e as restrições impostas entre os países prejudicaram a economia chinesa. A Comissão Europeia afirmou que as taxas impostas sobre a China pelos Estados Unidos podem afetar a economia global.

Saiba mais: Comissão Europeia teme queda brusca da economia com tensão EUA-China

Por outro lado, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, informou na quarta-feira (17) que apesar das tensões comerciais, a economia dos Estados Unidos segue crescendo.

A economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, falou sobre os impactos das tensões entre os dois países no comércio global. Para ela, o comércio em todo o mundo já está sendo prejudicado pela guerra comercial.

Conforme divulgado pelo FMI, as tarifas que China e EUA estão impondo na guerra comercial devem reduzir o crescimento econômico global em 0,5% no próximo ano.

Giovanna Oliveira

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