Autoridades regulatórias da China estipularam uma nova restrição nesta semana. Agora, alguns acionistas não podem realizar o empréstimo de suas ações.
Na prática, essa medida no mercado financeiro da China impacta diretamente as posições short – que ganham com queda do preço das ações – já que uma série de investidores ficarão impossibilitados de realizar esse tipo de operação.
A decisão da regulação vem como mais uma tentativa de sustentar os mercados acionários do país, que sofreram fortes perdas recentes.
A medida afeta detentores de ações restritas, como funcionários ou investidores estratégicos.
A proibição dará aos investidores mais tempo para digerir informações do mercado e irá fomentar uma estrutura de mercado mais justa, segundo avaliou a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC, pela sigla em inglês), em comunicado divulgado no domingo (28). O órgão não disse quanto tempo a suspensão durará.
A prática de emprestar ações faz parte das operações de vendas a descoberto, através das quais investidores apostam na queda de ativos, tomando ações emprestadas e as vendendo, com a expectativa de recomprá-las mais adiante a preços menores.
Vendas a descoberto podem intensificar eventuais quedas do mercado.
Desempenho da bolsa na China
O índice acionário chinês CSI 300 tem mostrado um dos piores desempenhos na Ásia este ano, depois de já acumular perdas por três anos seguidos. O problema despertou a atenção do governo em Pequim, que tem prometido sustentar a confiança do consumidor.
A CSRC já vinha limitando vendas a descoberto. As restrições anteriores, anunciadas em outubro, reduziram o valor das ações emprestadas por investidores estratégicos em 40%, segundo o regulador.
A partir de 18 de março, empresas de financiamento de valores mobiliários da China também terão de aguardar um dia antes de transferirem ações emprestadas para corretoras.
Com Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires
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