Nesta quarta-feira, a China apelou aos Estados Unidos para que “encontrem um meio-termo” com Pequim para finalizar a disputa comercial entre os dois países. A declaração acontece após o presidente norte-americano, Donald Trump, dizer na última terça-feira (20) que os americanos poderão ter de enfrentar problemas econômicos para conquistar benefícios no longo prazo.
O Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, declarou ter esperanças de que Washington “consiga se relacionar conosco” e que ambos os países voltem a ter um comércio “mutuamente benéfico”.
Prolongamento da guerra comercial
A disputa comercial, em meio a novas imposições de taxas, entre Estados Unidos e China foram interrompidas no mês passado, sem sinais de avanço. Outras negociações estão programadas para ocorrer em Washington em setembro.
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“Esperamos que os Estados Unidos encontrem um meio-termo com a China”, disse Geng, afirmando esperar que os dois lados encontrem um fim aceitável e baseado no respeito mútuo e tratamento igualitário.
Em entrevista na última terça-feira (20), o presidente estadunidense reconheceu que a guerra comercial pode trazer problemas no curto prazo. Trump afirmou que “algo precisa ser feito” porque “a China vem roubando esse país por 25 anos”.
Reflexos da disputa
A economia americana cresceu 2,6% no primeiro semestre, além das vendas no varejo que subiram 0,7% em julho, o dobro do esperado pelos analitas. Os número seguem controlados. Todavia, a confiança está em queda, reduzindo os investimentos no país.
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Na semana passada, foi divulgado que o crescimento da produção industrial da China desacelerou para 4,8% em julho em comparação com o mesmo período de 2018. Mesmo após uma série de medidas do governo no último ano, a atividade industrial chinesa continua a esfriar.
A recessão global não assombra somente as maiores potências do mundo que estão em meio a essa discussão comercial, mas também para atores relevantes no cenário internacional.
A PIB da Alemanha registrou uma baixa de 0,1% no segundo trimestre desse ano. O Reino Unido, no início do ano, já havia registrado o crescimento anual mais baixo de seu PIB desde 2012, avançando somente 1,4%.
Diferentemente do imaginado há alguns meses, hoje os analistas consideram os últimos acontecimentos como sinais de que o fim da guerra comercial entre as maiores economias do mundo está distante de ser alcançado.
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