China: Presidente do BC diz que manterá política acomodatícia para apoiar recuperação
O presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng, afirmou nesta quarta (19) que manterá a política monetária acomodatícia para apoiar a recuperação econômica do país, em discurso preparado para evento e divulgado no site do BC chinês.
Pan comparou a situação da China com a de outras grandes economias globais, notando que o início da flexibilização monetária de economias desenvolvidas foi adiado para o final de 2024, aumentando, por exemplo, a distância entre os juros chineses e os dos EUA.
“Nossa situação é diferente: a política monetária está acomodatícia e provê suporte financeiro para a recuperação contínua da economia”, ressaltou o presidente do PBoC.
“Vamos manter esta instância de acomodação e fortalecer ajustes cíclicos para criar um bom ambiente monetário e financeiro para o desenvolvimento econômico e social da China.”
O dirigente ressaltou o compromisso do BC chinês em manter também a estabilidade do yuan e em evitar riscos de desvalorização excessiva, mas apontou o “papel decisivo” do mercado na formação das taxas de câmbio.
O PBoC tem utilizado diversas ferramentas de política monetária de modo extensivo para atingir ambos os objetivos, lembrou Pan, como baixar a taxa de compulsório bancário (RRR, em inglês), a taxa de juros monetária e os juros do mercado financeiro.
Presidente do BC da China fala em ‘ferramentas macroprudenciais’
Segundo ele, ferramentas macroprudenciais e estruturais de política monetária também devem passar a ser utilizadas, entre elas: financiamento para empresas de inovação tecnológica e combinação de políticas de suporte ao mercado imobiliário – por exemplo, reduzir pagamento mínimo para empréstimos de habitação pessoal e estabelecer financiamento para moradias de baixo custo.
Outras medidas devem intensificar a regulação do comportamento de mercado para garantir a transmissão da política monetária da China, revitalizar fontes de financiamento existentes, melhorar a eficiência do uso de fundos e prevenir riscos financeiros.
Com Estadão Conteúdo