China planeja produzir 1 bilhão de doses de vacina em 2021

A China planeja produzir 610 milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus (covid-19) até o final deste ano. Para 2021, a previsão é de 1 bilhão de doses, conforme afirmou o diretor do Departamento de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Comissão Nacional de Saúde, Zheng Zhongwei.

“Tivemos um mecanismo muito rígido para verificar qualquer reação adversa para todos os envolvidos no processo. Nenhum caso adverso foi detectado”, salientou o diretor sobre os ensaios clínicos da vacina da China contra a covid-19.

Zhongwei informou que de 11 vacinas chinesas que estão sendo estudadas, cinco delas estão na fase três. Segundo as autoridades do país asiático, “a pesquisa da China sobre uma vacina está na liderança. Estamos vendo que são vacinas seguras e que não produzem sérias reações adversas”.

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Dentre os imunizantes estudados, está a Coronavac, da Sinovac, cuja importação de 46 milhões de doses até dezembro já foi garantida pelo governo estadual de São Paulo.

No Brasil, cerca de nove mil profissionais da saúde foram voluntários na terceira fase de testes, e os resultados devem ser divulgados em outubro. “A segurança da vacina foi comprovada, mas sua eficácia não está totalmente certificada”, destacou o diretor.

Coronavírus: vacina da China chega ao Brasil para testes

A vacina da China contra o novo coronavírus que será testada pelo Instituto Butantan chegou ao Brasil em julho deste ano. O imunizante, já autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS), será testado, em primeira fase, nos profissionais de saúde de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Ao todo serão 9 mil voluntários.

Essa vacina foi testada, em etapas anteriores, em animais e também em seres humanos na China. Agora, será testada em populações que estão mais expostas ao coronavírus, como o Brasil que ocupa o segundo lugar de maior casos de contágios no mundo. O imunizante também será testado na Turquia, em Bangladesh e no Chile.

Em junho, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou a parceria do estado com o laboratório chinês Sinovac Biotec.

Os testes serão feitos em profissionais da saúde que estão em linha de frente do combate ao vírus. Cada um vai receber duas doses da vacina ou do placebo. O placebo servirá como análise comparativa entre os que receberam a substância verdadeiro e os que receberam placebo.

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, informou que o governo de São Paulo tem uma reserva de 60 milhões de doses da vacina caso sua eficácia seja comprovada pelos estudos. As doses serão entregues ao Ministério da Saúde para a distribuição à outros estados.

O pesquisador do Instituto, Ricardo Palacios informou que a previsão de testagem é de 12 meses, porém, segundo Palacios, é possível ainda em 2020 ter alguma informação preliminar sobre a eficácia da vacina.

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Poliana Santos

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