China dá novo parecer sobre juros e vê política monetária estável, sem compra de ativos

A China deve manter uma política monetária estável e sem comprar ativos – como fazem BCs no Ocidente -, segundo novo pronunciamento do presidente do Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês), Yi Gang.

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Em artigo publicado nesta terça-feira (28), Yi diz que o potencial de crescimento da China deverá ficar entre 5% e 6%, o que, segundo ele, garantirá as condições para que o PBoC siga implementando uma política monetária estável.

Os comentários de Yi vêm num momento em que a China enfrenta crescentes obstáculos, como a desaceleração do setor imobiliário, cortes no fornecimento de energia e surtos de covid-19.

Esses fatores estão levando analistas a cortar projeções de crescimento para a China e a prever que Pequim irá relaxar suas políticas para sustentar a economia.

Ainda no artigo, Yi comenta que as taxas de juros de economias ocidentais vêm caindo, chegando a níveis próximos de zero ou até negativos em muitos países.

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Yi também recomendou cautela aos BCs no momento de implementar programas de compras de ativos. Quando necessárias, ele sugere que as compras tenham escopo limitado e sejam conduzidas por um período reduzido.

Bolsa na China

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, 28, à medida que analistas começam a reduzir suas projeções de crescimento da China em meio a preocupações com choques de oferta.

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O índice japonês Nikkei caiu 0,19% em Tóquio hoje, a 30.183,96 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,14% em Seul, a 3.097,92 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,76% em Taiwan, a 17.181,44 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,54%, a 3.602,22 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou baixa de 0,18%, a 2.402,20 pontos.

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Cortes no fornecimento de eletricidade e esforços de Pequim para cumprir metas de redução de consumo de energia e de emissões de carbono estão levando economistas e consultorias do mercado a revisar para baixo suas previsões de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste ano.

A Nomura, por exemplo, agora espera que a China cresça 7,7% em 2021. Antes, sua projeção era de alta de 8,2%.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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