China define nova cotação do yuan
Após o Banco Central autorizar no início da semana a desvalorização do yuan de 7 por dólar, a China, hoje, estabeleceu uma âncora diária em sua moeda. O yuan será comercializado no nível mais baixo desde 2008.
O movimento representa uma nova retaliação aos Estados Unidos. Após as ameaças de novas tarifas sobre os produtos chineses, o gigante asiático pode utilizar a sua moeda para abalar o sistema financeiro global.
China determina a cotação da moeda
O Banco do Povo da China (PBoC) fixou, nesta quinta-feira (8), o ponto médio de negociação interna do yuan em 7,0039 por dólar. Esse número é 0,06% menor que no dia anterior. O órgão já havia dado indícios de que fariam fortes movimentos no mercado.
O Banco Central chinês autoriza a movimentação de até 2 pontos percentuais em cada lado do ponto após a definição do ponto médio de negociação. Nessa situação, o PBoC determina o intervalo baseando-se nos preços praticados internacionalmente, porém, detém o poder de ajustá-lo como uma manobra “anticíclica” do mercado.
A resposta dessa quinta-feira (8) vem logo após o Tesouro dos EUA acusar a China como um país manipulador de moeda, depois de anunciada a desvalorização de 7 yuan por dólar. Segundo analistas, o movimento chinês coloca à prova a possibilidade de uma guerra cambial entre as duas maiores potências do planeta.
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Ao iniciar o pregão em Hong Kong, o yuan era cotado em 7,0413 por dólar, enquanto no offshore, mercado controlado em menor grau, era negociado 0,2% mais forte, a 7,0663 dólar.
Guerra comercial a todo vapor
A Guerra comercial entre EUA e China continua sem perspectiva de término.
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Na última quarta-feira (7), o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os EUA estão “no topo” da Guerra comercial contra a China, agravada após o anúncio da taxação em 10% sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas, entrando em vigor a partir de 1º de setembro.
Mesmo após os comunicados do governo chinês contrapondo esse rótulo imposto pelo Departamento de Tesouro dos EUA, Trump declarou que o país asiático teria “admitido” estar manipulando o cambio.
Ele afirmou a repórteres na Casa Branca: “Vou te contar uma coisa: a China realmente quer fazer um acordo”. Como em outras ocasiões, o presidente estadunidense disse que a economia chinesa “não está indo muito bem” e que as empresas estão “saindo de lá”.
