O ministério do Comércio da China, afirmou nesta sexta-feira (31), que o governo criará uma lista de empresas estrangeiras “não confiáveis”.
“As empresas, organizações e particulares estrangeiros que não respeitam as normas de mercado, que se afastam do espírito de um contrato, que impõem embargos ou param de fornecer peças a empresas chinesas por motivos não comerciais e afetam gravemente seus interesses e direitos legítimos serão colocadas em uma lista de entidades não confiáveis“, disse o porta-voz do ministério da China, Gao Feng.
A medida foi tomada após o presidente americano, Donald Trump, classificar a líder do 5G, Huawei, em sua lista negra.
Trump x Huawei
No dia 15 deste mês, o presidente Trump anunciou que a Huawei não poderia mais comprar tecnologia americana sem a permissão do governo. Conforme o presidente, essa medida foi tomada pois a empresa chinesa está envolvida com atividades contrária à segurança nacional.
Após a declaração, Trump classificou a empresa em sua “lista negra”. No entanto, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos garantiu uma licença temporária, até agosto, para a companhia fazer atualização de sistemas de aparelhos.
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Contudo, no dia 21, a Huawei se declarou vítima dos EUA e afirmou estar trabalhando juntamente com o Google para combater restrições comerciais.
Após a medida, na última quarta-feira (29), a empresa chinesa processou o governo dos EUA por ato inconstitucional.
Huawei processa EUA
O pedido da empresa chinesa foi que a Justiça americana declare inconstitucional a proibição da compra de produtos norte-americanos.
“Se espera que os tribunais americanos declarem que a proibição à Huawei é inconstitucional e impeçam sua entrada em vigor”, disse o diretor jurídico da Huawei, Song Liuping.
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De acordo com o diretor, a medida de proibição na compra de produtos tem o objetivo de tirar a empresa chinesa do mercado. “O projeto de lei determina diretamente que a empresa é culpada e impõe um amplo volume de restrições. O objetivo é de expulsá-la do mercado americano”, completa.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a guera comercial entre os EUA e a China poderá acarretar em riscos para recuperação global.
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