China suspende importação de unidades da JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Naturafrig
A China informou, por meio de nota enviada à embaixada do Brasil em Pequim, que vai proibir por uma semana a importação de carne bovina de algumas unidades da JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Naturafrig. De acordo com o jornal Valor Econômico, que teve acesso à nota, a decisão afeta quatro unidades localizadas no Mato Grosso e em São Paulo. A suspensão começou no último sábado (16).
A Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) apontou que seus técnicos detectaram a presença de ácido nucleico do coronavírus na embalagem externa de quatro lotes de produtos congelados enviados para a China.
Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia informado que a doença não consegue ser transmitida por meio dos alimentos, sobrevivendo apenas em um animal vivo e em humanos.
A decisão da GACC afeta o frigorífico da JBS em Barra do Garças (MT), as unidades da Marfrig em Várzea Grande (MT) e Promissão (SP), e o abatedouro da Naturafrig em Pirapozinho (SP). Na mesma decisão, o GACC também suspendeu as compras de uma empresa argentina.
Na semana anterior, a autoridade suspendeu as importações de dois frigoríficos brasileiros de carne bovina e um produtor de aves por uma semana a partir do dia 8 de abril. A decisão envolvia uma unidade da JBS em Goiás, uma da Marfrig no Mato Grosso e uma unidade de frango da Zanchetta em São Paulo.
JBS (JBSS3) lucrou R$ 6,4 bilhões no 4T21, alta de 61%
A JBS (JBSS3) registrou lucro líquido R$ 6,4 bilhões, ou R$ 2,69 por ação, no quarto trimestre de 2021 (4T21). O montante corresponde a um aumento de 61% ante o lucro líquido apurado um ano antes, de R$ 4,02 bilhões.
No consolidado de 2021, o lucro líquido da JBS cresceu 4,5 vezes, saindo de R$ 4,59 bilhões para R$ 20,48 bilhões. Segundo a companhia, trata-se do melhor resultado para o período de um ano da sua história.
Grande parte do lucro líquido do frigorífico veio com a melhora da receita líquida, que somou R$ 97,2 milhões no 4T21, uma alta de 27,8% na comparação anual. Em balanço financeiro, a JBS destaca que houve crescimento em todas as unidades de negócios:
- Seara: R$ 10,12 bilhões (+34,2%),
- JBS Brasil: R$ 14,07 bilhões (+5,1%),
- JBS EUA Bovinos: R$ 41,87 bilhões (+38,3%),
- JBS EUA Suínos: R$ 10,62 bilhões (+14,1%), e
- Pilgrim’s Pride: R$22,53 bilhões (+34,0%).
No período de outubro a dezembro de 2021, “cerca de 76% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 24% por meio de exportações”, indica a empresa. No consolidado do ano, a receita líquida da JBS foi recorde e somou R$ 350,7 bilhões
Da mesma forma, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também registrou um grande crescimento no período de outubro a dezembro, com alta de 86,9% na comparação anual. Com isso, o Ebitda ajustado da JBS no 4T21 foi de R$ 13,15 bilhões frente R$ 7,03 bilhões no 4T20.
A margem Ebitda do período foi de 13,5%.
Segundo o frigorífico, o destaque do período ficou com a unidade JBS EUA Bovinos, que cresceu 180% no indicador, somando um lucro operacional de R$ 7,79 bilhões no 4T21.
No ano, o Ebitda ajustado da JBS bateu um novo recorde, indica os resultados do 4T21 da companhia. O lucro chegou a R$ 45,7 bilhões, refletindo um recorde na margem também, de 13%.