China injeta US$ 18,6 bilhões na economia e diz que garantirá estabilidade após Evergrande

O Banco Popular da China (PBoC) injetou 120 bilhões de yuans (US$ 18,6 bilhões) no sistema bancário do país, por meio de acordos de recompra reversa. A medida veio em meio as preocupações dos mercados globais com o desfecho que a crise do calote do Evergrande Group poderia ter no sistema financeiro chinês.

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Cerca de 30 bilhões de yuans em acordos de recompra reversa vencem nesta quarta-feira (22), mas o PBoC optou por aumentar as compras até 120 bilhões de yuans. O banco central da China já tinha adicionado outros 100 bilhões de yuan na sexta e no sábado passados, logo depois que estourou a notícia do calote.

Perdas em ações relacionadas à China ao redor do mundo tem pressionado o governo do país asiático a acalmar o nervosismo do mercado. O Hang Seng China Enterprises Index, um indicador das ações chinesas negociadas em Hong Kong, caiu mais de 3% enquanto o país fechou na segunda (20) e terça-feira (21), para o feriado.

Essa injeção de dinheiro da China não como foco único apagar o fogo causado pela crise do Evergrande. o PBoC também deseja atingir um equilíbrio entre estimular o crescimento da economia, que desacelerou após novos surtos de Covid-19 e também com as regulamentações mais rigídas impostas a alguns setores, como educação e tecnologia.

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China vai garantir a estabilidade

O Conselho de Estado da China afirmou que trabalhará para garantir que a economia siga dentro de um “alcance razoável” em meio aos desafios impostos por altos preços de commodities e a disseminação do coronavírus no país. Os comentários constam em relatos na imprensa estatal chinesa, após reunião do órgão nesta quarta-feira (21).

Para tanto, o Partido Comunista Chinês se comprometeu a:

  • estudar e introduzir medidas que impulsionem o consumo,
  • desempenhar melhor o papel do investimento social,
  • expandir o investimento eficaz, e
  • manter o crescimento estável do comércio exterior e do investimento estrangeiro.

O gabinete do governo da China também prometeu fortalecer a coordenação entre as políticas fiscal, financeira e de emprego, além de promover melhorias em seus instrumentos “preventivos” com “ajustes finos e cíclicos”, conforme necessário.

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Com informações do Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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