O crescimento da produção industrial da China obteve o menor desempenho em 17 anos.
Além disso, o desemprego na China subiu, provocando alertas na economia do país asiático. A série de dados foi divulgado nesta quinta-feira (14). Apesar das vendas de varejo terem sido fracas, o investimento em propriedades cresceu, indicando que a desaceleração pode não ser tão acentuada.
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A produção industrial da China obteve elevação de 5,3% em janeiro-fevereiro, taxa mais lenta desde o início de 2002. Os números são reflexos da baixa demanda no cenário externo e interno. A expectativa era que a expansão industrial chinesa desacelerasse de 5,5% a 5,7% em dezembro.
O crescimento em 2019 deve cair para o menor nível em 29 anos. Medidas do governo para tentar reverter a situação não estão fazendo o efeito esperado. Analistas acreditam que a atividade pode não se estabilizar de maneira convincente até o ano que vem.
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“Os dados mais recentes devem aliviar parcialmente as preocupações com uma forte desaceleração no início do ano. Mas o cenário de curto prazo ainda parece pessimista”, informou a Capital Economics em nota.
Devido o Ano Novo Lunar, a China junta dados de janeiro e fevereiro para amenizar as distorções criadas pelo feriado. De acordo com especialistas, os dados do primeiro trimestre serão mais claros para verificar a real situação da economia chinesa. De acordo com a Agência Nacional de Estatísticas, sem a distorção sazonal, a produção avançou 6,1%.
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Os principais índices da bolsa na China fecharam em baixa neste quarta (14). O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,69%, enquanto o índice de Xangai teve perdas de 1,2%.
Desemprego na China
A taxa de desemprego no mês passado subiu de 4,9% para 5,3% em relação a dezembro, disse Li Xiru, autoridade da agência de estatísticas. O corte de vagas de emprego voltadas ao exterior puxou o índice para baixo. Porém, o número é menor do que o previsto pelo governo da China.