A China quer aplicar US$ 2,4 bilhões (cerca de R$ 9,9 bi) em tarifas contra os Estados Unidos. A informação faz parte de um documento enviado para a Organização Mundial do Comércio (OMC) e divulgado nesta segunda-feira (21).
As sanções são motivadas por conflitos entre a China e o governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama. De acordo com o comunicado, os EUA não cumpriram uma determinação da OMC em relação ao embate entre os dois países.
Em abril de 2012, durante a gestão de Obama, Pequim solicitou que a OMC investigasse práticas antidumping dos EUA contra exportações chinesas. Os produtos incluíam painéis solares, torres eólicas e cilindros de aço.
No entanto, o governo estadunidense afirmou que as medidas eram necessárias por conta dos subsídios concedidos pela China a alguns setores da indústria.
A OMC determinou, em 2014, que os Estados Unidos deveriam alterar as medidas para respeitar o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias (ASCM).
Porém, o governo norte-americano não considerou a determinação do órgão e salientou que a organização teve uma “interpretação legal errada nessa disputa”. Por conta disso, o país asiático solicitará ao Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) da OMC a aprovação das sanções de US$ 2,4 bi.
Guerra comercial entre Estados Unidos e China
As disputas comerciais entre os Estados Unidos e o governo chinês ainda não chegaram ao fim. A guerra comercial, caracterizada pela imposição de sanções, marca o conflito entre os dois países.
Saiba mais: Guerra comercial: Trump planeja assinar acordo em novembro
Na última sexta-feira (18), o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que planeja que um acordo comercial entre os países seja assinado nos dias 16 e 17 de novembro, na Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) no Chile.
Em declaração a repórteres na Casa Branca, Trump salientou o seguinte em relação ao acordo: “Acho que será assinado com facilidade, espero que até a cúpula no Chile, em que estaremos o presidente Xi e eu”.
Além disso, o presidente afirmou que: “Estamos trabalhando com a China muito bem. Muitas coisas boas estão acontecendo”.
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