China vai apresentar sua posição sobre guerra comercial com EUA

O governo da China informou que apresentará sua posição sobre as negociações comerciais com os Estados Unidos. O Executivo de Pequim divulgará um documento e realizará uma coletiva de imprensa sobre a questão no domingo (2).

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A posição da China sobre a guerra comercial em andamento com os Estados Unidos será divulgada as 10h de domingo, no horário de Pequim (as 23h no horário de Brasília). O Conselho de Estado de Informação informou que o vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, responderá às perguntas da imprensa.

Lista negra de empresas

Na última sexta-feira (1) a China anunciou que vai estabelecer uma lista de entidades “não confiáveis” que prejudicam os interesses das empresas nacionais. A segunda economia do mundo poderia retaliar sobre empresas estrangeiras à medida que as tensões comerciais com os EUA aumentam.

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Essa medida será tomada no meio da crise envolvendo a gigante da tecnologia chinesa Huawei. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou uma série de restrições contra a empresa chinesa.

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No dia 15 deste mês, o Trump anunciou que a Huawei não poderia mais comprar tecnologia americana sem a permissão do governo. Conforme o presidente, essa medida foi tomada pois a empresa chinesa está envolvida com atividades contrária à segurança nacional. Por causa dessas restrições, o Google acabou interrompendo a colaboração com a Huawei.

Em resposta a essas restrições, Pequim estaria elaborando um plano para restringir as exportações de terras raras para os EUA.

Por causa da guerra comercial, os mercados estão demostrando nervosismo. O índice S&P 500 registrou seu pior mês de maio nos últimos sete anos.

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No final do mês, o presidente Trump e o presidente da China, Xi Jinping, terão uma reunião bilateral na Cúpula do G20 em Osaka. Os investidores esperam uma possível reaproximação e alívio das tensões comerciais.

FMI alerta sobre riscos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a guerra comercial entre os Estado Unidos e a China pode acarretar em riscos para a recuperação global. No momento atual, os impactos não são visivelmente preocupantes, mas analistas do órgão ressaltam que o Produto Interno Bruto (PIB) global pode chegar a cair até 0,33%.

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Além disso, o organismo também indicou outras possíveis consequência da guerra comercial entre as potências. Sendo assim, são elas:

  • a tensão EUA-China pode abalar a cadeia mundial de produção de suprimentos;
  • e também pode abalar a confiança de empresas e do mercado.

Segundo o FMI, a guerra comercial entre as potências afeta tanto produtores quanto consumidores. “As tensões comerciais entre EUA e China afetaram negativamente consumidores assim como produtores nos dois países”, avalia o órgão.

Carlo Cauti

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